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NÃO AO REAJUSTE

Após questionar reajuste em Brasília, governador Clécio Luís celebra adiamento de aumento na conta de energia no Amapá

Diretor da Aneel pediu vistas do processo que prevê reajuste de 14% na tarifa de energia elétrica, o que o Estado não concorda.

Por Fabiana Figueiredo
19/12/2025 08h43
Governador Clécio Luís atua junto à bancada federal e Aneel para barrar reajuste tarifário da energia no Amapá

Considerada inadmissível pelo governador do Amapá, Clécio Luís, a proposta que pode aumentar o valor da tarifa de energia no estado teve o julgamento adiado. O diretor Gentil Nogueira, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), pediu vista do processo de reajuste tarifário anual da concessionária CEA Equatorial Energia nesta quinta-feira, 18.

A solicitação do diretor por um tempo extra para analisar detalhadamente os autos do caso foi celebrada por Clécio Luís, que na terça-feira, 16, foi imediatamente até Brasília (DF) para buscar soluções e questionar a ANEEL em reunião com diretores da autarquia para discutir o reajuste anual.

“Foi uma grande vitória. A Aneel indicou um reajuste de 34%, aí depois baixou pra 24%, pra 16% e foi pra 14%. Aqui a nossa energia é mais cara porque a gente consome mais, por ser mais quente. Então foi feita uma medida provisória com articulação dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues para pegar os fundos que já existem para essa finalidade e abater da nossa tarifa. Mas foi entendido de forma diferente pela Aneel. E isso nós não aceitamos. Agora nós temos 20 dias para mostrar que o cálculo permite utilizar os recursos desses fundos para zerar a tarifa do Amapá. Nós não aceitamos de forma nenhuma esse reajuste 34%, 24%, 16%, 14%, qualquer que seja. Nós queremos reajuste zero para o Amapá”, afirmou Clécio Luís após o pedido de vista.

Na última semana, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, e o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, encaminharam ofício à Aneel solicitando que o reajuste não seja votado enquanto não forem considerados mecanismos que possam mitigar o aumento, especialmente a utilização de recursos já previstos em lei.

Aneel terá mais tempo para analisar proposta de reajuste da tarifa de energia no Amapá

A relatora do caso, diretora Agnes Costa, havia votado pela redução do reajuste de 24% para 14,5%, contando com o pedido de diferimento tarifário de R$ 72 milhões apresentado pela empresa e com o abatimento de R$ 21,6 milhões dos recursos do Uso do Bem Público (UBP), encargo pago por hidrelétricas à União e que pode ser utilizado para reduzir as tarifas de energia nos estados das regiões Norte e Nordeste. O rateio do UBP ainda passará por consulta pública.

“Vou pedir vistas do processo para avaliar a questão com relação a alocação de recursos e a consequência à tarifa do Amapá”, disse o diretor Gentil Nogueira, ao pedir vista.

Ainda que com diferentes condições de distribuição, custo maior de operação e mais investimentos na estrutura, a tarifa de energia do Amapá não pode ser reajustada nessa magnitude sem amplo debate e sem considerar alternativas que reduzam o impacto tarifário.

“Não é por capricho, nem por privilégio. A legislação diz que o recurso do UBP, que é a área que a gente utiliza para as nossas hidroelétricas, deve ser revertido para baixar a tarifa de quem precisa. É o caso do Amapá. Não é aceitável que milhares de famílias sejam penalizadas por decisões que desconsiderem a realidade do nosso estado”, destacou o governador Clécio Luís, durante reunião com líderes da ANEEL. 

Junto à bancada federal, o governador trabalha para barrar o reajuste na conta de energia, diante da preocupação com os impactos diretos do aumento no orçamento das famílias e da necessidade de transparência em um tema que afeta diretamente a vida da população.

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