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Inundações: Defesa Civil Estadual segue monitorando sete municípios

Em Laranjal do Jari, há 7 famílias desabrigadas e 61 famílias desalojadas. Em Calçoene, as equipes identificaram 299 famílias atingidas.

Por Redação
24/03/2017 12h03

Em Calçoene, há previsão de aumento no nível do rio no dia 27 de março, por influência da mudança de lua

Equipes compostas por militares do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual continuam o monitoramento das situações de inundações e de risco de inundações em sete municípios do estado. As ações acontecem com apoio de militares do Exército Brasileiro e técnicos da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), em contato contínuo com as equipes dos municípios afetados.

Atualmente, o monitoramento contínuo da Defesa Civil do Estado ocorre em Calçoene, Laranjal do Jari, Vitória do Jari, Oiapoque, Ferreira Gomes, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio.

Laranjal do Jari

De acordo com os últimos dados consolidados pelos militares, uma das situações mais preocupantes ocorre em Laranjal do Jari. Na última quarta-feira, 22, de acordo com o chefe de operações da Defesa Civil Estadual, major Pelsondré Martins, o rio Jari teve uma elevação abrupta, chegando a subir 2,10 metros. De quinta-feira, 23, para esta sexta-feira, 24, o nível se manteve estável, chegando a 1,95 metros às 4h da manhã, apresentando baixa considerável.

“No Jari chegamos ao pico de 320 famílias afetadas, o que representa cerca de 1.280 pessoas atingidas. Já há 7 famílias desabrigadas, o que representa o total de 32 pessoas e o número de desalojados é de 61 famílias, totalizando 147 pessoas desalojadas”, pontuou o major, enfatizando ainda que os termos desabrigados e desalojados possuem conceitos diferentes, sendo este último é usado para referir-se a pessoas que têm para onde ir, enquanto as suas residências não oferecem condições de retorno.

Neste município, há apoio de três caminhões do Exército Brasileiro com 15 militares, além de 25 bombeiros militares e 6 técnicos da Sims, prestando todo o suporte necessário ao município e aos afetados.

Em Vitória do Jari, ainda de acordo com Martins, não há, até o momento, afetados ou desabrigados. Na medição do nível do rio realizada na noite de ontem, 23, a régua apontou para 3,10 metros. Hoje cedo o nível do rio estava em 3 metros. “Em Vitória, para haver inundação, o nível do rio precisa estar em alta de 3,45 metros. A situação neste município é considerada tranquila”, comentou.

Calçoene

Em Calçoene, as equipes de apoio estiveram de 10 a 17 de março, realizando o levantamento de famílias afetadas pelo sinistro e prestando ajuda humanitária mediante as necessidades por elas apresentadas.

Neste município o rio subiu mais de três metros acima do limite normal e afetou 299 famílias, sendo 264 na área urbana e 35 na área rural, o que corresponde a cerca de 1.200 pessoas. Cerca de 19 famílias ficaram desalojadas. O apoio foi prestado por 45 militares do Exército com 6 caminhões, 19 militares do Corpo de Bombeiros, sendo 10 pilotos de lanchas e mais 5 técnicos da Sims.

“Neste período fizemos a distribuição de água potável, remoção de famílias da área de risco, dentre outras formas de apoio. Quando saímos de lá, a situação era estável. Passamos o comando da operação para a Defesa Civil do município que estava atuando também no monitoramento do rio e dando apoio às famílias, inclusive com cestas básicas. No último dia 22, o rio voltou a subir, mas a situação hoje é estável”, comentou o major Pelsondré.

Nesta sexta-feira, 24, ainda segundo o major, uma equipe de três militares já se deslocou para Calçoene e há a previsão de que mais militares sigam, ainda hoje, com apoio humanitário, incluindo cestas básicas adquiridas pelo Governo do Estado, mediante dados obtidos com o levantamento realizado no início deste mês. “Deve seguir uma equipe do Corpo de Bombeiros, junto com a Defesa Civil e assistentes sociais da Sims”, disse.

Equipes estão de sobreaviso para deslocamento de emergência a Calçoene, visto que no dia 27 haverá a mudança de lua, que influencia fortemente no nível do rio que banha o município. O fenômeno, chamado de repiquete, pode agravar a situação. “Estamos esperando para o próximo dia 27 a lua nova, preparados com caminhões à disposição. E, se necessário, pretendemos levar mais cestas básicas, colchões e água potável, além de ajudar na mudança de pessoas que estejam em área de risco, até que a situação estabilize”, frisou.

A Defesa Civil do Estado articulou pedido de ajuda humanitária e financeira ao governo federal para Calçoene, ajudas estas que ainda estão sendo aguardadas.

Oiapoque

De acordo com o major Pelsondré, o nível do rio em Oiapoque está dentro da margem de segurança. Não há desabrigados ou desalojados e há equipes da Defesa Civil monitorando o nível do rio e verificando possíveis abrigos, caso a situação se agrave, por conta das fortes chuvas que afetam todo o estado.

Ferreira Gomes

Há três hidrelétricas instaladas no município de Ferreira Gomes, que acabam fazendo o controle da inundação “segurando” a água do rio Araguari. Até o início do mês, segundo o major, o nível do rio estava bastante baixo. Com a ocorrência de fortes chuvas nos últimos dias, o nível do rio alcançou sua capacidade máxima de armazenamento de água.

“Observamos, por isso, um abrupto aumento do nível do rio. Ontem [23], marcamos mais de 2,5 metros e hoje pela manhã detectamos 3 metros acima do normal. O nível do rio tem subido de forma rápida, já há ruas inundadas mas não há pessoas afetadas diretamente em suas casas”, esclareceu, complementando que a Defesa Civil do município já está preparada para as primeiras intervenções e há um abrigo temporário montado. “Estamos em contato, e se precisar de ajuda, imediatamente iremos para apoiar”, enfatizou.

Demais municípios

Em Pedra Branca do Amapari, o nível do rio está alto, mas não há afetados nem desabrigados. Na mesma situação encontra-se Serra do Navio.

“Em Porto Grande sempre tivemos problemas com inundação mas as pessoas da área de risco, que sempre inundava, foram retiradas após a construção da barragem. Hoje, não temos praticamente risco de inundação nesta região. Em Tartarugalzinho, o prefeito solicitou apoio e foi enviada uma equipe de 5 militares para o município”, informou o major.

O militar da Defesa Civil informou ainda que todos estes municípios estão em situação de risco por históricos anteriores. Até o fim de abril, de acordo com estimativa do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis do Amapá (NHMET), há previsão de chuvas para todos os municípios do estado, e, portanto, risco constante de inundação nos sete municípios monitorados.

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