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Audiência pública discute encaminhamentos para sítio arqueológico em Mazagão

Técnicos e comunidade se juntam para definir os caminhos para a preservação da história

Por Redação
01/04/2017 15h28

Técnicos e comunidade discutem o melhor aproveitamento do sítio arqueológico de Mazagão

Técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Museu de Arqueologia e Etimologia do Estado do Amapá, além da comunidade e representantes da administração pública do município de Mazagão, estiveram reunidos nesta sexta-feira, 31, no Centro Comunitário da região para uma audiência pública para darem novos encaminhamentos ao sítio arqueológico e as urnas que contêm esqueletos humanos.

Durante as discussões foram levantadas questões como o melhorar o armazenamento dos esqueletos humanos, as delimitações do sítio arqueológico e a possibilidade de desembargo, pelo Iphan, das obras da quadra de esporte que fica nas proximidades do sítio.   

Para a comunidade é importante que sejam preservadas as identidades, histórias e culturas. O professor Antonio José Pinto destacou a necessidade de manter na região os achados. Um dos motivos citados por ele, são a própria apropriação da biografia, da luta de seus ancestrais.   

Na oportunidade o arqueólogo Avelino Junior, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), pontuou sobre a possibilidade de levantar informações dos ancestrais, como sexo, idade, patologias, acessar o DNA, tipo físico, atividades ocupacionais e hábitos alimentares.  

Os esqueletos humanos foram encontrados em 2006 durante escavações coordenadas pelo especialista Marcos Albuquerque, ligado a Universidade Federal de Pernambuco. Os achados estão armazenados em 53 urnas e se encontram em um mausoléu no cemitério do município.

No Amapá existem 400 sítios arqueológicos com tantas diversidades históricas. Segundo o gerente do museu de Arqueologia e Etimologia do Estado do Amapá,  Adervam Lacerda, é preciso a união de forças para uma responsabilidade compartilhada entre as esferas governamentais.

“É necessário o trabalho em conjunto para que se evite perdas de histórias ricas de comunidade tradicionais”, destacou.

Ficou decidido que haverá um novo encontro com uma maior diversidade de agentes públicos, como Ministério Público, secretarias de governo, bancada federal para a viabilização da construção de um museu.  Houve também encaminhamentos para um procedimento inicial de curadoria das ossadas humanas que deverá ser realizada no próprio município por um especialista. A ideia é melhorar o condicionamento das urnas e a possibilidade de assinatura de termo de ajuste de conduta (TAC) para a liberação das obras da quadra de esportes.

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