Pessoas com autismo recebem atendimento especializado do governo
Rede conta o atendimento de profissionais que inicia com o neuropediatra e tem continuidade com fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais do Creap.
Centro de Reabilitação do Amapá (Creap) também compõe a rede de atendimento às pessoas com autismo
Quanto mais cedo uma criança com autismo for diagnosticada, mais rápido se pode trabalhar para que ela tenha uma melhor qualidade de vida. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma disfunção global do cérebro, que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, socialização e de comportamento.
Se a criança tem um andamento abaixo do esperado para idade dela, pode ser um sinal de alerta. Os pais devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em que o clínico geral ou pediatra irá fazer a primeira avaliação e encaminhar para o atendimento ambulatorial com o neuropediatra no Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal).
A neurologista infantil do Hcal, Fernanda Alcolumbre, explica que o atendimento primário começa com o pediatra da UBS, onde será avaliado se realmente existe um atrasado no desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
"Infelizmente, a família, a escola e outros profissionais de saúde, não estão habilitados a dar o diagnóstico do autismo; nesse caso, se os pais observarem alguma característica, onde a criança não responde a certos estímulos, tem que procurar um pediatra que irá encaminhar o paciente ou para o neurologista infantil ou psiquiatra", ressaltou.
Fernanda ainda explicou que quando o paciente realiza a primeira consulta, é feita uma triagem inicial e solicitação de exames para investigação de outras doenças neurológicas, que podem limitar o desenvolvimento da criança, como a paralisia cerebral, algumas doenças neuromusculares e formas de epilepsia. Já o diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, por meio de uma observação direta do comportamento e de uma entrevista com os responsáveis.
Assim que fechado o diagnostico pelos médicos do Hcal, o paciente inicia uma nova etapa no Centro de Reabilitação do Amapá (CREAP), que realiza atendimento ao autismo com comorbidades neurológicas, ou seja, pacientes com paralisia cerebral e síndromes associadas ao autismo.
A socióloga Naira Medeiros, mãe de Pedro Henrique, de 03 anos, que tem o autismo em grau leve, contou que foi referenciada para a consulta com a neuropediatra do Hcal. Foi onde conseguiu fechar o diagnóstico e começar o tratamento. "Iniciei o primeiro atendimento pelo hospital do Estado, e em seguida o acompanhamento foi com a fonoaudióloga do Creap, que assiste meu filho até hoje, agora pelo CAPS i [Centro de Atenção Psicossocial Infantil]. Depois de todo esse fluxo, fico feliz com o quanto o meu filho já evoluiu", afirmou Naira.
No CAPS i o atendimento é continuo e o espaço é direcionado para transtornos severos e persistentes como neurose, psicose e autismo. No ambiente, as crianças aprendem a trabalhar a socialização, a efetividade e o brincar funcional.
Lei de Proteção ao Autista
Recentemente, o Governo do Amapá sancionou a lei que torna obrigatória a inserção do símbolo mundial do autismo nos avisos de atendimento prioritário dos estabelecimentos e logradouros públicos e privados do Estado, como agências bancárias, escritórios, estacionamentos, supermercados, entre outros.
A lei, que é de autoria da deputada estadual e primeira-dama Marilia Góes, garante direitos e inclusão dessas pessoas e prevê, ainda, a inserção de placas educativas com informações sobre o espectro do autismo.
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