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Profissionais da saúde no Amapá aprimoram técnicas sobre a microcefalia

A reunião foi promovida pela Secretaria de Estado da Saúde, Coordenação de Assistência Hospitalar e Coordenação de Atenção Básica Estadual.

Por Redação
01/03/2016 11h49
Profissionais da saúde receberam hoje, 1º, orientações técnicas e diretrizes de atuação sobre as ocorrências de microcefalia relacionada ao vírus da Zika. A reunião foi promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Coordenação de Assistência Hospitalar (CAH) e Coordenação de Atenção Básica Estadual.

O resultado dessas discussões a nível local serão apresentadas ao Ministério da Saúde (MS) na quarta-feira, 2, através de videoconferência. Segundo o protocolo relacionado aos casos de microcefalia, esse tipo de malformação congênita pode ocorrer não apenas em decorrência da Zika, mas também da sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral. “Reunimos todos estes profissionais para, com a ajuda e orientação do Ministério da Saúde, oferecermos um atendimento de qualidade aos pacientes, desde o exame laboratorial até a terapia ocupacional”, esclareceu Ellen Farias, coordenadora da Atenção Básica.

 

Aprimoramento

O evento também serviu para que os profissionais tirassem dúvidas e aprendessem mais sobre o preenchimento correto do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). O sistema reúne informações epidemiológicas referentes aos nascimentos em todo território nacional. Muitas vezes, os responsáveis pelo preenchimento do Sinasc não inserem corretamente a anomalia, no caso da microcefalia, gerando informações imprecisas no sistema.

Outro fator discutido foi quanto ao diagnóstico de microcefalia dado quando o tratamento já foi iniciado. Nesses casos, muitas vezes, o profissional não sabe para onde encaminhar a mãe ou o responsável pelo paciente para que o mesmo seja inserido no sistema e contabilizado no banco de dados do Ministério da Saúde. “Estes questionamentos demonstram o interesse que temos em obter informações para proceder corretamente”, enfatizou Ellen.

 

Microcefalia

No Amapá, segundo dados da Atenção Básica, entre 2006 e 2015 foram registrados 14 pacientes com microcefalia, destes, dois vieram a óbito. O caso mais recente foi registrado em 2015, depois de investigação laboratorial. A malformação foi causada por citomegalovírus. Nenhum relacionado ao vírus da Zika.

A microcefalia é uma malformação congênita, ou seja, quando o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Essa condição congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

Estiveram presentes no encontro de hoje representantes do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL), Laboratório de Análises Clínicas do HCAL, Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Hospital de Santana, Centro de Reabilitação do Amapá (CREAP) e Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS).

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