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Com mais de 800 funcionalidades, SIGRH garante benefícios aos servidores e ao estado

Implementado há um ano e três meses, o sistema proporciona, dentre outros benefícios, a efetiva gestão de pessoas e o controle da folha de pagamento estadual

Por Redação
13/06/2017 10h02

O Sistema é gerenciado pela Secretaria de Estado da Administração e tem o suporte tecnológico do Prodap

Desde março do ano passado o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos e de Folha de Pagamento (SIGRH) é a principal ferramenta do Governo do Amapá para efetiva gestão de pessoas e controle da folha de pagamento. Por meio desta ferramenta, servidores e estado são beneficiados. Trata-se de um ambiente virtual transparente e com dados consistentes, de forma a otimizar o acesso às informações pessoais e funcionais dos servidores.

O sistema tem o suporte tecnológico do Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap) e é gerido pela Secretaria de Estado da Administração (Sead). O processo de implantação iniciou ainda no ano de 2015, e já tem auxiliado o Executivo na tomada de decisões, como a redistribuição de pessoal e a identificação de carências de forma mais rápida e precisa.

Segundo Marlúcio Alcântara, gerente de implantação do SIGRH, o sistema anterior funcionava apenas para gerenciar a folha de pagamento, não contemplando, portanto, a gestão de pessoas. Para ele, a junção dessas duas funções no SIGRH, garante o alinhamento entre os servidores e a gestão, beneficiando ambas as partes. Neste sistema são inclusas todas as informações atualizadas pessoais e funcionais dos servidores, o que é imprescindível, segundo o gerente.  

“Quando se faz uma boa gestão de pessoas, é possível obter bons resultados na folha. É desta forma que o Governo do Estado tem atuado, utilizando da forma correta a mão de obra, para consequentemente alcançar um maior controle da folha de pagamento do Estado”, destacou.

Alcântara exemplifica ainda que antes, as informações dos servidores eram armazenadas manualmente, em papéis. Com as informações não digitalizadas, um levantamento sobre o quadro de servidores de uma determinada classe, por exemplo, demorava, em média, uma semana para ser concluído. Desta forma, as informações desatualizadas e de difícil acesso dos servidores faziam com que as discussões para tomadas de decisões no âmbito de governo fossem prolongadas além dos prazos determinados.

Reconhecimento e valorização dos servidores

Alguns servidores ingressaram no quadro do estado com o nível fundamental e atualmente são graduados, especialistas, mestres e até doutores em diversas áreas de conhecimento. Isto proporciona ao Estado a condição de aproveitar melhor estes potenciais, à exemplo, as diversas formações realizadas pela Escola de Administração Pública (EAP), onde a maioria dos servidores são selecionados através de um banco de conhecimentos e habilidades, para ministrar cursos, sendo reconhecidos pelos serviços prestados.

“Agora, sabendo da formação correta do servidor, o estado o valoriza e o aproveita de acordo com a sua especialidade, com seu potencial. Além disso, o estado tem nestas informações, subsídios para reorganizar o pessoal, caso necessário”, frisou.  

Capacitação de RH

O SIGRH possui mais de 800 funcionalidades. Para gerenciar esse sistema, mais de 400 servidores foram capacitados, nos setores de Recursos Humanos de todos os órgãos gerenciados pelo Executivo, que somam mais de 60. Antes, os departamentos de RH apenas coletavam as demandas e enviavam para a Sead, onde, inclusive, formavam-se longas filas para atendimentos de rotina.

“Os setores de recursos humanos foram empoderados para também manusear o sistema. Hoje eles estão tomando conta dos seus setoriais, refletindo, dentre outros fatores, na agilidade e qualidade de atendimento para o servidor”, mencionou o gerente do SIGRH.

Atualização e diagnóstico

Para alimentar o sistema com as informações dos servidores, como acima mencionado, foi necessário realizar uma força-tarefa para atualizar os dados destes, o que não acontecia desde 2011. De novembro do ano passado até abril deste ano, a Sead conseguiu que mais de 30 mil servidores cumprissem com a atualização cadastral.

Isto se deu em duas etapas: primeiro com preenchimento de formulários e depois, com um momento presencial destes com a comissão responsável pela atualização, que foi até o local de trabalho dos servidores. Primeiro foram servidores da educação e saúde, depois demais órgãos e, por fim, os militares.

Agora está em fase de finalização a terceira etapa deste processo. A equipe da Sead responsável pela análise e inclusão dos dados no sistema está com 90% do trabalho concluído. A secretaria estima que até o fim de junho esta etapa seja concluída.

Na medida em que esta etapa avança, vai sendo traçado um diagnóstico sobre a estrutura organizacional, bem como da distribuição e aplicação dos recursos humanos no Estado, para então identificar servidores em situações irregulares no quadro para que sejam tomadas as medidas cabíveis para regularizar suas situações.

Todo este processo está sendo acompanhado pelas secretarias de Estado da Fazenda (Sefaz), Estado do Planejamento (Seplan), Controladoria-Geral do Estado (CGE). Também com orientação de órgãos externos, como Ministério Público e Polícia Federal.

Marlúcio Alcântara menciona que até o momento já foi possível identificar casos de servidores falecidos, exonerados ou ainda dentro dos critérios de aposentadoria, que já deveriam estar aposentados e recebendo pelo Sistema Previdenciário (AMPREV), que continuavam recebendo normalmente na folha de pagamento do Estado. “Nestes casos, a Sead eliminou imediatamente da folha de pagamento e encaminhou os casos aos setores competentes para fins de regularização e adoção de medidas cabíveis que cada situação requer”, explicou, enfatizando que a partir de 2018, anualmente o servidor deverá, na sua data de aniversário, realizar obrigatoriamente a sua atualização cadastral.

Próximos passos

A Sead planeja a implantação dos módulos adicionais no SIGRH, dentre os quais se destaca a Pericia Médica do Estado, com interfaces disponíveis para a AMPREV, de forma que quaisquer afastamentos por questões de saúde sejam automatizadas, deixando o servidor amparado, seja pelo estado, seja pela previdência.

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