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CVS confirma primeiro caso de Leishmaniose canina contraída em Macapá

Órgãos competentes investigam cães da área de possível transmissão da doença para identificar outros portadores e evitar a transmissão para pessoas

Por Redação
20/06/2017 09h15

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) confirmou nesta segunda-feira, 19, o primeiro caso autóctone (contraído na região) de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no município de Macapá. A amostra de sangue do cão foi analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (LACEN), que confirmou o caso.

As secretarias de saúde estadual e municipal iniciaram uma ação de vigilância conforme o protocolo do Ministério da Saúde no bairro Jardim Marco Zero, possível área de transmissão da doença. A ação consiste em um inquérito sorológico censitário nos cães do bairro, além de uma pesquisa entomológica para capturar o vetor flebotomínio também conhecido como mosquito palha, responsável pela transmissão da Leishmaniose visceral.

Desde segunda-feira, 19, seis equipes composta por um médico veterinário em cada uma, irão percorrer a Avenida Equatorial e transversais - por ser uma área de possível transmissão da doença - para coletar o sangue dos cães e posteriormente realizar o exame específico. Os técnicos também irão informar e orientar a população sobre a doença nos cães que são hospedeiros definitivos e podem transmitir a LVC ao homem, quando na presença do mosquito palha.

O coordenador da CVS, Clóvis Miranda, reforçou a importância da colaboração da população neste inquérito. "Nossas equipes de controle de zoonoses e do Lacen precisam trabalhar na identificação de outros possíveis casos, com a finalidade de definir ações de controle. A previsão é coletar o sangue de 100 cães das residências próximas a do caso positivo".

A doença

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença sistêmica, causada pelo protozoário Leishmania infantum e é transmitida às pessoas pela picada do mosquito palha. Em cães, a doença se manifesta com emagrecimento progressivo, falta de apetite, lesões de pele que não cicatrizam, crescimento exagerado das unhas, aumento do tamanho do fígado e do baço, podendo levar a óbito.

Quando apresentada em pessoas, a doença tem sintomas como febre intermitente, aumento do tamanho do fígado e do baço, palidez de mucosas. O quadro pode ser agravado com hemorragia, icterícia, desnutrição e levar a vítima a óbito.

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