Verão sem Violência: Crams recebem mais de 800 denúncias durante campanha
A mobilização visou alertar sobre a violência associada ao consumo excessivo de álcool e os meio de denúncia e acolhimento
As blitze ocorreram em vários balneários da capital e interior do Estado
Os Centros de Referência em Atendimento à Mulher do Governo do Amapá (Crams/GEA) dos municípios de Macapá, Mazagão, Laranjal do Jari, Oiapoque e Tartarugalzinho receberam mais de 800 denúncias somente no mês de julho, durante a Campanha Verão sem Violência: Neste verão não agrida, beba menos e ame mais. Apesar de alto, os números demonstram que a campanha teve sucesso em sensibilizar sobre os meios de denúncia e acolhimento disponibilizados pelo Estado para mulheres vítimas de violência, principalmete em ocasião das festas no período de veraneio e férias.
A campanha do Governo do Amapá desenvolvida pela Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres (SEPM) percorreu vários balneários na capital e também no interior do Estado, com abordagem e distribuição de panfletos informativos.
De acordo com a psicóloga Jairene Lima, a campanha foi feita para alertar os cidadãos que o consumo excessivo de bebida alcóolica está ligado a quase 50% das ocorrências de violência doméstica e familiar atendidas pelos Crams, que são uma das portas de entrada da Rede de Atendimento à Mulher (RAM).
“Os Crams são os primeiros locais onde essas mulheres violentadas procuram atendimento e acolhimento. São feitos atendimentos com psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, atendimento de enfermagem e jurídico, depois há uma triagem para saber o órgão que essa mulher deve procurar. Se a mulher não quer denunciar seu agressor, ela tem essa direito, pois é uma escolha dela”, informou Jairene.
Uma das vítimas atendidas informou que o companheiro nunca a havia agredido, porém, após chegar de um dia de lazer, onde havia consumido excessiva bebida alcóolica, a violentou. “Nunca havia ocorrido isso, porém eu percebi que ele fez isso, após ter bebido. Eu fiquei muito abalada e resolvi procurar o Cram, pois não sabia o que fazer da minha vida”, disse a jovem, que preferiu não se identificar.
A campanha vai continuar nas próximas férias do mês de janeiro, quando há um alto índice de registros de violência.
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