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Inflação em Macapá cai no mês das férias e acumula taxa de 3,54% no ano

Alimentação ficou mais barata, mas saúde e transporte ficaram mais caros

Por Redação
14/08/2017 12h59

Para levar para casa os 12 itens alimentícios da Cesta Básica Oficial de Macapá, o consumidor teve que puxar da carteira R$ 412,00 no mês das férias, de acordo com a pesquisa da Seplan.

Considerado um dos períodos mais caros do ano, o mês das férias apresentou um recuo na inflação na capital amapaense em relação a junho. O Índice de Preço ao Consumidor (IPC), que mede o poder de compra dos macapaenses, marcou, no mês de julho, uma variação de 0,21%, 0,18 pontos percentuais (pp) a menos que no mês anterior, quando o indicador foi de 0,39%.

Os dados são da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), que pesquisou preços de 650 produtos em 297 estabelecimentos comerciais no período. A amplitude do estudo chegou a 14 mil preços coletados.

A pesquisa também estabeleceu em 3,54% a taxa de variação acumulada no ano, 2,30% nos últimos seis meses, e 6,01% em doze meses. No mesmo período do ano passado, a inflação acumulava 7,11%.

A pesquisa aponta que a desaceleração no mês de julho se deve às baixas do indicador em quatro dos sete grupos de consumo: alimentação, moveis e equipamentos, vestuário e habitação. Em relação ao mês anterior, eles tiveram, respectivamente, quedas de -0,70% (-1,65 pp), -2,37% (-4,03 pp), -0,27 (-1,25 pp) e -1,23%.

Os destaques do grupo alimentação foram o pão, 7,69% mais barato, e o café, que também baixou 4,80%. Cervejas também entraram em promoção e ficaram 2,77% mais em conta. Também influenciaram: o queijo (-9,43%), o leite condensado (-8,13%), a carne de hambúrguer (-6,49%), o fígado (-6,29%), açúcar (-5,66%) e o feijão preto (-5,59%), entre outros.

O grupo de consumo que mais pisou no freio foi o de móveis e equipamentos. Máquinas fotográficas (-6,53%), brinquedos e celulares (-9,09) e aparelho telefônico fixo (-5,54%) foram responsáveis pela queda. Eletrodomésticos também contribuíram com -4,81%. Aparelhos televisores estiveram no centro das promoções: em média, 13,24% mais baratos.

Vilões

Os grupos de Saúde, Transporte e Despesas Pessoais caminharam na contramão e tiveram saltos de 0,58%, 6,01% e 1,13%, respectivamente, em relação ao mês de junho. Destaque para as consultas médicas que fizeram os consumidores desembolsar valores 7,24% mais altos e os remédios para diabetes, que dispararam 11,16%.

Enquanto que no mês anterior houve queda de -0,04%, no mês de julho os gastos com transporte ficaram mais elevados. O aumento foi de 5,97(pp) entre os meses. A pesquisa aponta os reajustes de 18,18% na passagem de ônibus e de 5,98% na gasolina comum como os principais vilões.

Já o grupo de Despesas e Serviços Pessoais apresentou a segunda maior variação positiva do mês, com 1,13%. Os aumentos ficaram nas despesas com Comunicação (8,29%) – com destaque para os gastos com telefone celular (18,18%) – e fotografia profissional (10%).

A coordenadora de pesquisas e estratégias socieconômicas e fiscais da Seplan, Oneide Oliveira, lembra que a pesquisa do IPC afere a variação mensal de preços ocorrida na cesta de consumo das famílias assalariadas com renda de 1 a 6 salários mínimos.

“Como instrumento de política econômica, o IPC da Cidade de Macapá serve para calcular correções e reajustes de salários e de contratos financeiros, avaliar o poder de compra da população, e ajudar no cálculo da correção das perdas de renda dos macapaenses no decorrer do tempo”, explicou a coordenadora.

A Seplan mede, ainda, outros três indicadores econômicos, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a Cesta Básica Oficial e a Cesta Básica Regional.

Cesta básica

Para levar para casa os 12 itens alimentícios da Cesta Básica Oficial de Macapá, o consumidor teve que puxar da carteira R$ 412,00 no mês das férias, de acordo com a pesquisa da Seplan. Isto representou uma variação de -2,46 %, em relação ao mês anterior. Como já apontava o IPC do mês, comer foi mais barato durante as férias.

A coordenadora do estudo explica que a Cesta Básica Oficial equivale à ração mínima essencial para alimentar mensalmente uma pessoa adulta. Considerando o valor do salário mínimo de R$ 937,00, a cesta consumida comprometeu a renda pessoal em 43,97%.

Os produtos que influenciaram para queda da cesta foram o feijão (-5,90%) e o açúcar (-5,66%). Ainda assim, a farinha de mandioca e o arroz tiveram aumento: 4,31% e 1,55%.

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