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Parada LGBT no Amapá enfoca o fim da violência e direito à cidadania

Com apoio do Governo do Estado, o evento levou mais de 30 mil pessoas à orla de Macapá neste domingo.

Por Redação
27/08/2017 19h36

A concentração foi no Complexo do Araxá. No percurso, três trios elétricos embalaram a multidão rumo à Praça do Coco.

O Governo do Amapá segue investindo e apoiando diversas ações de segmentos da sociedade na busca pelo respeito e dignidade. Na tarde deste domingo, 27, a 17ª Parada do Orgulho LGBT de Macapá, que contou com apoio do GEA para a realização, reuniu mais de 30 mil pessoas na orla da capital, segundo os organizadores. Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e apoiadores do segmento LGBT caminharam em alusão ao tema deste ano: “Eu sinto a transfobia: pelo fim da violência e por mais cidadania”.

A concentração foi no Complexo do Araxá. No percurso, três trios elétricos embalaram a multidão rumo à Praça do Coco. No destino final, estrutura de palco, som e iluminação foi montada para apresentações artísticas.

A programação é o ápice do “Mês da Diversidade”, iniciado na ocasião em que o GEA, no início de agosto, deu posse aos 20 membros do Conselho dos Direitos da População LGBT do Amapá. Na ocasião, o governador Waldez Góes também assinou o decreto que institui a Carteira de Registro de Identidade Social (RIS) para travestis e transexuais, reforçando o compromisso do Estado em benefício do segmento. A instituição da Carteira do RIS foi solicitada por requerimento pela deputada estadual Marília Góes (PDT) e pela Rede Juventude LGBT Lara Fabyan.

Segundo André Lopes, que compõe a comissão organizadora da Parada LGBT, o tema abordado este ano visa chamar a atenção da sociedade e do poder público para a violência física e psicológica em todo o país, causadas pelo preconceito e intolerância, tornando vítimas todos do segmento, mas principalmente travestis e transexuais.

“A construção de políticas deve ser feita junto ao segmento, o diálogo deve estar aberto, garantindo-nos dignidade de fato, enquanto pessoas humanas. O apoio do Governo do Estado é muito importante neste sentido. A parada representa para nós não só um momento de unir forças, mas também de chamar a atenção da sociedade e do poder público quanto aos nossos anseios. A luta contra a LGBTfobia deve ser de todos”, enfatizou Lopes.

A transexual Sibele Yasmim, 25 anos, participou da parada, como há vários anos. Ela pontuou que abordar o tema transfobia é essencial, assim como a busca pelo respeito ao uso do nome social.Um dos piores preconceitos que todas as trans e travestis sofrem no Amapá é em relação ao nome social. É extremamente constrangedor você não poder ser chamado pelo nome com o qual se identifica. Com a carteira recém instituída nós demos um passo à frente nesse caminho de lutas”, comentou.

Savana Miller, 22 anos é travesti. Moradora do município de Pedra Branca do Amapari, ela deslocou-se para a capital para participar da programação pela primeira vez. Para ela, somar forças ao movimento é uma forma de ter voz e ser ouvida. “Nós enfrentamos diariamente o preconceito, seja camuflado ou explícito, não há como negar. Mas a melhor forma de combate-lo é se expondo, sendo feliz, e a sociedade deve entender que o que buscamos não é a aceitação, mas sim o respeito aos direitos humanos, portanto, de todos, sem distinção”, frisou.

O Governo do Amapá, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) ainda repassou um fomento no valor de R$ 25 mil para a realização da Parada LGBT. O titular da Secult, Dilson Borges, considerou que dentre as ações realizadas pelo segmento, esta programação é uma das que mais crescem e ganham força a cada ano, e o Estado se faz presente nestas ações.

“O Governo do Amapá cumpre o seu papel e fomenta iniciativas de vários segmentos no Estado. Esta programação é uma das mais expressivas do movimento LGBT. Para a realização da parada, o diálogo com os organizadores iniciou ainda no mês de junho, e resultou neste aporte, para garantir as estruturas de palco, som, iluminação, banheiros químicos e outros”, destacou.

Para garantir a segurança de todos os participantes, a Polícia Militar do Amapá (PMAP) empenhou 28 militares que atuaram a pé e em viaturas. O Corpo de Bombeiros do Amapá também garantiu suporte aos participantes.

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