Amapá reduz casos de malária em 10,7% e governo prepara ação em 6 municípios
Cidades alvo da ação registram 75% dos casos da doença no Estado.
De janeiro até o início de setembro, 5.876 casos de malária foram confirmados no Amapá. 10,7% menos que em 2016
A partir do dia 11 de setembro, o Governo do Estado do Amapá prepara uma série de ações contra a malária em 6 municípios com indicadores elevados da doença. As cidades de Mazagão, Serra do Navio, Santana, Porto Grande, Calçoene e Pedra Branca do Amapari receberão as equipes com agentes de combate às endemias dos municípios e da Defesa Civil, que realizarão testes rápidos e procedimentos como borrifação intradomiciliar, detecção ativa casa a casa, além de aspersão de inseticidas. A ação ocorre durante toda a segunda quinzena de setembro.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) está capacitando a Defesa Civil para a realização dos testes rápidos e exames de gota espessa e estará monitorando as ações.
De acordo com o diretor-executivo de Vigilância em Saúde, Emanuel Bentes, o objetivo da ação é intervir diretamente nos 6 municípios que, juntos, representam cerca de 75% dos casos de malária no Estado.
Bentes destaca também que entre os 9 primeiros meses dos anos de 2016 e de 2017 houve redução de 10,7% nos casos de malária no Amapá.
“De 1 de janeiro até 5 de setembro de 2016, o Amapá teve 6.580 casos de malária. Já entre 1 de janeiro até 5 de setembro de 2017, foram registrados 5.876 casos. Uma redução considerável”, avalia o gestor.
Áreas indígenas
O diretor-executivo da SVS aponta ainda que há preocupação do Governo do Estado com as áreas indígenas, que são de responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio do Distrito Sanitário de Saúde Indígena (Dsei).
Em Pedra Branca, por exemplo, o diretor da SVS cita que já foram infectados cerca de 200 índios com malária este ano em uma população de 1.250 pessoas.
“É uma população que está vulnerável e que impacta nos indicadores dos municípios, nos indicadores do Estado, e a responsabilidade pelas atividades é do Ministério da Saúde. Queremos propor uma pactuação com o Distrito Sanitário para que possamos colaborar, a SVS e a Defesa Civil”, disse o gestor.
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