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Projeto Alôzinho já atendeu cerca de 6 mil alunos da rede estadual em Macapá

Ações já resultaram em diminuição de 18% no número de trotes ao Ciodes. Até o fim deste ano, devem ser alcançados 10 mil alunos.

Por Redação
15/09/2017 14h39

São realizadas palestras educacionais, oficinas, exibição de vídeos, debates e outras ações a fim de conscientizar os alunos sobre as consequências dos trotes ao 190 e 193.

Desde o mês de abril, quando iniciaram as atividades de 2017 do projeto Alôzinho, até o momento, já foram atendidas dez escolas da zona sul de Macapá, com alcance a cerca de 6 mil alunos de 9 a 17 anos. São realizadas palestras educacionais, oficinas, exibição de vídeos, debates e outras ações dentro do ambiente escolar, com o intuito de conscientizar sobre as consequências dos chamados “trotes” - ligações falsas direcionadas ao 190 e 193, atendidas pelo Centro Integrado de Operações em Defesa Social (Ciodes).

São parceiros nesse projeto as polícias Militar, Civil e Técnico-Científica e o Corpo de Bombeiros do Amapá. A Universidade Federal do Amapá (Unifap), este ano, também começou a somar forças com o Alôzinho.

Segundo o coordenador do projeto, capitão do Corpo de Bombeiros Evaldo Lopes, a estimativa é atender 10 mil alunos e 25 escolas da capital, até o fim do ano, totalizando mais de 40 mil adolescentes e jovens atendidos desde a criação do projeto em 2011. O Alôzinho surgiu em alusão à morte da bombeira militar Patrícia Gonçalves Façanha, que deu nome à Lei N° 1.551, de 6 de junho do referido ano. Patrícia morreu em um acidente de trânsito, enquanto se dirigia para atender a uma falsa ocorrência de incêndio.

Há também a perspectiva de expandir as atividades do projeto às escolas particulares, municipais e estaduais de outros municípios, a começar por Santana. “Observamos que os trotes são geralmente feitos em horários de entrada, saída e intervalo das escolas, em sua grande maioria por crianças. Por isso, a importância de esclarecer esse público sobre as consequências que uma ligação aparentemente inofensiva, pode causar”, salientou, destacando que apesar de o tema principal deste trabalho ser o trote, demais assuntos também são trabalhados, como drogas, primeiros socorros e outros.

As ações do Alôzinho influenciam diretamente na queda dos números de ligações de falsas ocorrências atendidas pelo Ciodes. Segundo o Núcleo de Informações e Estatísticas do centro, são atendidas cerca de 10 mil ligações mensais. Desse total, 18% são trote, o que corresponde a 1,8 mil ligações falsas por mês.

O capitão Lopes pontua que esta porcentagem está abaixo da média nacional estimada pelo Ministério da Justiça, que é de 23% do total de ligações. Também reduziu em relação ao índice local do ano passado, quando 22% das ligações atendidas pelo centro eram falsas.

“Já temos resultados extremamente positivos e estimamos que continuem. Temos dez boxes no Ciodes. Há alguns anos atrás, enquanto seis boxes atendiam trotes, quatro atendiam ligações verídicas. Hoje, oito boxes atendem ligações verdadeiras e dois atendem trotes”, exemplificou o coordenador, complementando que cada deslocamento que é feito pelo Corpo de Bombeiros para atender uma ocorrência falsa, tem um custo de cerca de R$ 1,7 mil e, para a Polícia Militar, o custo é de quase R$ 800.

“Os trotes, além de causarem desperdício do dinheiro público, colocam em risco vidas de pessoas que realmente estejam necessitando de socorro. É isso que nos propomos a combater e estamos conseguindo”, frisou.

No Ciodes, há a ferramenta conhecida por “bina”. O número reincidente em trote é identificado, memorizado e bloqueado.

Punição

Em 26 de agosto de 2016 o governador do Estado do Amapá, Waldez Góes, sancionou a Lei n° 2.089, de autoria da deputada estadual Maria Góes (PDT), que prevê, no inciso dois do Art. 2°, que: “Os assinantes ou responsáveis por linhas telefônicas que originarem chamadas aos telefones 190 e 193 do Centro Integrado de Operação de Defesa Social (Ciodes), e ao 192 do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), não tendo o fato relatado veracidade, ficam sujeitos à multa pecuniária, independentemente das sansões previstas na Lei Penal em vigência”.

Pela lei, o indivíduo será multado em um terço do salário mínimo vigente, sendo o valor dobrado em caso de reincidência.

Lopes pontua que a lei precisa ser regulamentada e a previsão é que possa ser aplicada no próximo ano.

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