Escoamento fluvial da produção beneficiará agricultura e economia do Amapá

Transporte fluvial da produção agrícola atenderá região extrativista do Amapá

Produtores rurais de 149 comunidades do Amapá que não têm acesso a escoamento da produção por via terrestre serão beneficiados com o transporte fluvial garantido pelo Governo do Estado do Amapá (GEA) a partir do mês de outubro. A atividade será realizada por donos de embarcações que poderão se candidatar à seleção a partir desta terça-feira, 26, quando o edital de credenciamento será disponibilizado no Portal de Compras do governo estadual.

A ação, que reafirma o compromisso do GEA com o desenvolvimento rural e econômico do Amapá, atenderá localidades dos municípios de Itaubal do Piririm, Laranjal do Jari, Macapá, Mazagão, Santana e Vitória do Jari. Trata-se de uma região onde predomina o extrativismo com forte produção de mandioca e seus subprodutos como a tapioca e a farinha, além de frutos como a melancia.

Além dos produtores e dos donos de embarcação, a medida beneficiará os consumidores amapaenses que terão acesso a uma variedade maior de alimentos nas feiras do produtor de Macapá e Santana.

Economia

O escoamento da produção por meio fluvial representará uma economia para o Estado. “Na gestão anterior, o escoamento da produção agrícola por vias terrestres e fluviais chegava a R$ 10 milhões ao ano, com a medida, a despesa cairá para 4,5 milhões e abrangerá um número maior de pessoas beneficiadas”, explica Frank Inajoza, presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado do Amapá (SDR).

Credenciamento

Para se cadastrar, os donos de embarcação interessados em desenvolver o serviço de transporte fluvial devem consultar o edital de credenciamento que será disponibilizado nesta terça-feira, 26, no Portal de Compras do governo estadual.

Os interessados poderão se cadastrar em um prazo de cinco dias após a publicação do documento. Inajoza explica que o credenciamento é voltado para pessoas físicas e jurídicas que possuam embarcação própria. “Haverá duas fases para seleção: avaliação documental e técnica; em ambas será verificado se o barqueiro, de fato, possui a embarcação e se o transporte está em perfeitas condições de fazer o escoamento da produção agrícola fluvial”.

A previsão é que os empreendedores selecionados assinem o contrato com o GEA ainda durante o mês de outubro. “Os barcos receberão as ordens para fazer o escoamento conforme as demandas das comunidades ribeirinhas”, explica Inajoza.

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