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Governo trabalha para garantir políticas públicas nas escolas quilombolas

Valorização da cultura, inclusão social e acesso ao ensino superior são assuntos debatidos durante o II Encontro de Gestores Quilombolas.

Por Redação
27/09/2017 13h25

A ideia é promover um debate sobre a estruturação das escolas quilombolas sob a dimensão administrativa, pedagógica e física

O fortalecimento de políticas públicas nas escolas quilombolas no Estado foi amplamente debatido durante o II Encontro de Gestores Quilombolas: estrutura pedagógica, desempenho escolar e mobilidade social e econômica, iniciado nesta quarta-feira, 27. O evento promovido pelo Governo do Amapá acontece até 29 de setembro, no Centro de Difusão Cultural João Batista de Azevedo Picanço, centro da capital.

O encontro é uma oportunidade dos gestores escolares quilombolas, das redes estadual e municipal de ensino, compartilharem informações e contribuírem na construção de políticas públicas que respeitem a diversidade étnico-racial, o contexto educacional, cultural, social e econômico dessas comunidades. A ideia é promover um debate sobre a estruturação das escolas quilombolas sob a dimensão administrativa, pedagógica e física, buscando atender as metas e estratégias coexistentes no Plano Estadual de Educação (PEE) do Amapá.

O governo visa organizar as escolas quilombolas estaduais em rede a partir de um estatuto específico e regionalizado, com proposta curricular pedagógica; ofertando oficinas práticas para que os professores possam se aperfeiçoar na construção de materiais pedagógicos que atendam a diversidade populacional afrodescendente do Estado do Amapá.

Após o encontro, o próximo passo será estruturar a proposta pedagógica e avaliar o desempenho de cada escola objetivando a mobilidade social e econômica desses estudantes para que eles possam ter permanência na escola, desenvolvimento educacional, proficiência, gerando uma inserção positiva desse estudante na sociedade. Entre os avanços das políticas educacionais nas escolas quilombolas está a oferta de projetos inovadores da educação, como a plataforma Escola Digital.

Inclusão digital

A Secretaria de Estado de Educação (Seed) estuda ampliar a inserção das escolas quilombolas na plataforma Escola Digital. A plataforma, lançada em maio deste ano, contribui com o processo de formação de conhecimento através de mais 10 mil ferramentas de aprendizagem dedicadas a professores, estudantes e gestores escolares da rede estadual de ensino. A Escola Estadual José Bonifácio já está incluída no projeto. Localizada na comunidade do Curiaú, a unidade é referência para acadêmicos, que buscam compreender o ensino nessas áreas.

A escola possui 271 estudantes distribuídos nos ensinos fundamental I e II e desenvolve projetos importantes como o “Diversidade em Movimento”, que trabalha a implementação das leis federais 10.639/03 e 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas. “A nossa escola foi premiada várias vezes pelo trabalho que desenvolvemos. Por isso, os acadêmicos nos procuram bastante para conhecer nossas atividades”, disse a gestora escolar, Ana Maria Sena Ramos.

Acesso ao ensino superior

O Amapá possui 22 escolas quilombolas na rede estadual de ensino público localizadas nos municípios de Macapá, Tartarugalzinho, Vitória do Jari e Oiapoque, totalizando 224 estudantes. Entre os principais desafios para promover educação de qualidade, respeitando suas especificidades, estão a inclusão social e o acesso ao ensino superior. Devido à distância das escolas para os centros urbanos de cada localidade, a maioria dos alunos encerra a vida escolar no ensino fundamental II, segundo informou o gerente do Núcleo de Educação Étnico Racial (NEER) da Seed, Luciano Rodrigo de Oliveira.

“Estamos estruturando uma política pública em rede que possa gerar para o estudante um caminho onde ele será assistido na escola quilombola e poderá ingressar para a Universidade Federal do Amapá (Unifap) ou no Instituto Federal do Amapá (Ifap). Queremos que o estudante dessas comunidades possam percorrer um caminho na educação quilombola e cheguem até às universidades”, afirmou Oliveira.

Conscientização

Na oportunidade, os educadores também abordarão questões relacionadas à discriminação racial nas escolas, a diversidade étnico-racial, e a educação escolar quilombola, em todos os níveis, na busca de alternativas para minimizar a discriminação racial e o preconceito no ambiente escolar.

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