Fiscalização do Batalhão Ambiental chega a mais 200 capturas de animais silvestres no ano

Batalhão Ambiental tem realizado várias apreensões de animais silvestres no Estado

O Batalhão Ambiental (BA) da Polícia Militar do Amapá intensificou as fiscalizações voltadas para os crimes contra a fauna amapaense e chegou à marca de 237 apreensões de animais silvestres, cuja caça ou criação em cativeiro é proibida. Somente nos fins de semana deste mês, foram 29 capturas.

A mais recente ocorreu nesta terça-feira, 26, quando os militares resgataram filhotes de jacaré tinga – espécie que ainda depende de manejo sustentável como medida de conservação – de um terreno urbano na Zona Norte de Macapá, no bairro Renascer. Os animais foram soltos em uma área de proteção ambiental.

De acordo com a cabo Adrilane Góes, da Divisão de Relações Públicas e Imprensa do BA, os animais capturados são sempre encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama. Os que são encontrados abatidos acabam doados para os órgãos cuidadores, que destinam a alimentação dos animais de reservas.

Ela afirma que apesar de pontuais, as apreensões são importantes para conter crimes maiores, como contrabando e o tráfico. Adrilane Góes lembra que o 5° Relatório Nacional Sobre a Biodiversidade, divulgado em julho pelo Ministério do Meio Ambiente, estima que o Brasil seja responsável por 5% a 15% do contrabando de fauna no mundo, sendo a Amazônia o território de maior alvo.

“Os crimes contra a fauna infelizmente sempre ocorreram, e alguns por conta da nossa cultura amazônica de subsistência. Como nossas fiscalizações são diárias, temos obtido êxito no combate desse crime”, considera a militar.

Segundo ela, para tentar reduzir a incidência, o BA criou um setor específico, que trabalha temas de educação ambiental. A estratégia inclui palestras em escolas dos ensinos fundamental e médio e minicursos ministrados para órgãos de todos municípios.

“Nesta divisão são desenvolvidos trabalhos sobre vários temas ambientais como poluição sonora, crimes contra a fauna e flora, poluição ambiental, poluição da água, do solo, lixo, entre outros. A última ação foi uma palestra para formandos de engenharia florestal da UEAP [Universidade do Estado do Amapá]”, informou a cabo Adrilane.

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