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Governo capacita municípios sobre Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar

Formação da SVS conta com participação de representante do Ministério da Saúde.

Por Redação
27/09/2017 17h36

Começou nesta quarta-feira, 27, na Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), a capacitação em investigação de surtos das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), ministrada pela técnica do Ministério da Saúde e consultora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Rejane Alves.

Até a sexta-feira, 29, os representantes da vigilância em saúde dos municípios e técnicos das unidades básicas participarão da formação que debaterá temas como a vigilância das DTHA no Brasil, a situação epidemiológica das doenças, a atuação das vigilâncias sanitária e ambiental nas investigações dos surtos, dentre outros.

Haverá também a participação da equipe técnica do Governo do Amapá nos painéis por meio da Vigilância Ambiental, Vigilância Sanitária, Lacen e Atenção Básica do Estado. O evento é promovido pela Unidade de Doenças Transmissíveis da SVS.

De acordo com Rejane Alves, a visita técnica tem como meta a implementação das ações de vigilância das doenças hídricas e alimentares no Estado. “Combinamos com o Estado para realizar a capacitação e investigação de surtos, que é um dos fatores mais importantes da vigilância em saúde do país”, disse a representante do MS.

Rejane destacou também a importância do monitoramento de surtos de doenças, como as diarreias agudas. “Nos 16 municípios diferem as situações epidemiológicas das doenças diarreicas agudas. A importância do monitoramento das diarreias é que o processo leva a uma análise em relação à ocorrência ou não de surtos nos municípios”, concluiu.

Dados

De acordo com a Unidade de Doenças Transmissíveis da SVS, a melhora na qualidade do monitoramento das DTHAS tem permitido que o Estado consiga obter dados mais precisos sobre os casos em alguns municípios.

Em 2017, foram registrados no Amapá 15.043 casos de Doenças Diarreicas Agudas (DDA). No ano passado foram registrados 16.204 casos. Outra doença alvo do levantamento da SVS é a febre tifoide, que teve 18 casos confirmados este ano, contra 8 no ano passado.

Os casos de hepatite A chegaram a 13 tanto este ano, o mesmo número do ano passado. E o rotavírus teve 17 casos confirmados em 2017, contra 8 casos no ano passado.

Segundo o diretor executivo da SVS, Emanuel Bentes, o principal objetivo do curso é que se crie uma consciência crítica nos profissionais que foram demandados pelos municípios e de outras instituições que prestam serviços de saúde da necessidade de fortalecimento do sistema de vigilância das doenças relacionadas às questões hídricas e alimentares.

“No Amapá, nós ainda temos uma baixa notificação, que indica que precisamos melhorar e fortalecer o sistema de vigilância. Com o sistema fortalecido, é possível implementar essas atividades nos municípios. Assim, as notificações ocorrerem e podemos investigar os surtos e identificarmos os fatores determinantes para as causas e origens dessas doenças”, avaliou o gestor.

DTHA

Doenças transmitidas por alimentos, mais comumente conhecidas como DTHA, são causadas pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas. Existem mais de 250 tipos de DTHA, a maioria causada por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas.

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