Censo vai nortear políticas públicas voltadas ao setor produtivo no Amapá

Waldez Góes afirmou que o Governo do Estado tem compromisso em colaborar com a pesquisa e ressaltou que os resultados possibilitarão a otimização das políticas públicas para o setor

Uma solenidade no Palácio do Setentrião marcou o início do 11º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola – o Censo Agro 2017 – lançado nesta segunda-feira, 2, simultaneamente em todo o país com o objetivo de conhecer as características e a produção de mais de cinco milhões de estabelecimentos agropecuários em 5.570 municípios do território nacional. O encontro reuniu autoridades do setor de desenvolvimento econômico do Estado e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pela pesquisa, cuja última edição ocorreu em 2006.

No Amapá, 46 recenseadores visitarão as 6.485 propriedades agrícolas dos 16 municípios. O Censo Agro 2017 acontece em um período de avanços para a agropecuária do Estado que está a um passo de obter o certificado de área livre de febre aftosa com vacinação e vem apresentando queda na ocorrência da mosca da carambola. Portanto, o estudo é fundamental para a intensificação e planejamento de políticas públicas voltadas para o crescimento do setor.

O trabalho de coleta de dados deve encerrar em fevereiro de 2018, as primeiras informações serão divulgadas em maio do mesmo ano. A previsão é que em 2019 sejam divulgados os resultados finais. “Os dados ajudarão o governo na aplicação necessária de recursos, construindo políticas públicas específicas para o setor, a partir dos resultados”, afirmou o chefe do IBGE no Amapá, Haroldo Canto, acrescentando que o objetivo do levantamento é buscar dados detalhados desde a agricultura familiar até o agronegócio (conjunto de operações da cadeia produtiva agropecuária do trabalho agropecuário até a comercialização).

O governador do Amapá, Waldez Góes, afirmou que o Governo do Estado tem compromisso em colaborar com a pesquisa e ressaltou a importância da coleta de informações. “Os resultados possibilitarão a otimização das nossas políticas públicas e serão agregados ao desenvolvimento humano, social e econômico do Estado do Amapá”, pontuou Góes.

O trabalho de coleta de informações será realizado através de preenchimento de questionário eletrônico, sobre o total de estabelecimentos e o que produzem; utilização de pessoal e mão de obra; caracterização do produtor; distribuição e uso de terras, entre outros dados do setor. De acordo com o IBGE, as informações são completamente sigilosas e usadas apenas para estatísticas. O período de referência da pesquisa será de 1º de outubro de 2016 a 1º de setembro de 2017. “Será considerado o que se produziu neste período”, explica Canto.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Robério Nobre, destacou que o estudo é importante por dar visibilidades às informações dos trabalhadores do setor agropecuário. “Os dados disponibilizados pelas instituições são importantes, mas o conhecimento do produtor é ainda mais. É ele quem vai nos dar uma orientação sobre o que é importante para o desenvolvimento do setor”, explicou.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (Faep), Iraçu Colares, reconheceu que a coleta de dados permitirá ainda mais melhorias e avanços ao setor. “Já estamos a caminho de obter o certificado de área livre de febre aftosa, o que será um grande salto não apenas para nós do setor agropecuário, mas para a sociedade como um todo, porque se trata da melhoria da qualidade e da quantidade do nosso rebanho”, ressaltou.  

Economia

Além de fundamentais para entender a agropecuária do país e, especificamente, do Amapá, os resultados do Censo Agro 2017 serão incluídos na nova estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) – medida do valor dos bens e produtos que o país produz. Dessa forma, será possível a comparação do agronegócio com as demais atividades econômicas.

“Sabemos que o agronegócio gera muitos empregos. O setor não envolve apenas a agricultura, a pecuária e a pesca, engloba também a indústria e os serviços”, esclareceu o gerente de contas regionais do IBGE, Frederico Cunha.

Postos de coleta

Para que o levantamento seja realizado no Amapá, haverá quatro postos de coleta responsáveis por diferentes regiões do Estado: Laranja do Jari (Laranjal do Jari de Vitória do Jari); Porto Grande (Porto Grande, Ferreira Gomes, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio); Amapá (Amapá, Tartarugalzinho, Pracuúba e Calçoene e Oiapoque) e Macapá (Macapá, Santana, Mazagão, Itaubal e Cutias do Araguari).

Além disso, haverá um posto de coleta no munícipio de Afuá, no Pará, cuja realização do Censo Agro é de responsabilidade da Unidade do IBGE no Amapá, devido a proximidade.

Parcerias

Participarão da realização do Censo Agro 2017, Comissões Censitárias Estaduais e as Comissões Municipais de Geografia e Estatística respectivos municípios e estados, colaborando para a realização da pesquisa e incentivando a população a receber o recenseador e responder com exatidão às perguntas do questionário.

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