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Ação de combate às drogas no ambiente escolar alcança 43 mil alunos na capital este ano

Projeto Defenap nas Escolas visa orientar, prevenir e combater o uso e a comercialização de entorpecentes nas escolas

Por Redação
03/10/2017 13h32

Simulações com policiais treinados demonstram para os alunos espectadores como é feita a revista e a identificação de entorpecentes.

De janeiro ao início de outubro deste ano, cerca de 43 mil alunos em 53 escolas públicas e privadas de Macapá já foram alcançados com as ações educativas de combate ao uso e a comercialização de drogas no ambiente escolar, por meio do projeto Defenap nas Escolas. As ações consistem em palestras e simulações, planejadas de acordo com as faixas etárias atendidas, no sentido de esclarecer e orientar de forma fácil e eficaz.

O Governo do Amapá promove esse projeto por iniciativa de sua Defensoria Pública (Defenap), e atende alunos do ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesta terça-feira, 3, a Escola Estadual Jesus de Nazaré está sendo palco. Até o fim da tarde, estima-se que sejam alcançados cerca de 430 alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

A ação conta com a participação do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope/PM). Na ocasião, os militares fazem demonstrações de abordagens a indivíduos em atitude suspeita e utilizam, ainda, um cão para identificar substância entorpecente escondida, propositalmente, na mochila de alunos.

Ao longo de todo o processo, a comunidade escolar pode fazer considerações e esclarecer dúvidas, o que proporciona uma aproximação com o órgão de segurança.

Gabriel Maia, 17 anos, aluno do 1º ano do ensino médio, considera muito válida a presença dos militares durante a execução do projeto. “É muito interessante, além das explicações sobre as drogas e sobre os riscos que elas oferecem, a gente aprender um pouco mais sobre o trabalho do Bope. Ao contrário do que muitos dizem, a atuação deles é essencial para garantir a segurança e a paz às pessoas de bem”, pontua o estudante.

A diretora da Escola Jesus de Nazaré, Rosimeire Gibson, relata que ela mesma solicitou a visita do projeto à instituição. A preocupação se deu, dentre outros motivos, em virtude da localização da escola, em área considerada de risco.

“A nossa escola está localizada em área de risco, mas além disso, entendo que é necessário quebrar tabus, debater abertamente sobre esses temas. Penso que é muito válida a máxima ‘é melhor prevenir do que remediar’, e é isso que temos que fazer. As drogas levam a um caminho sem volta, e não falar sobre, é muito pior”, salienta Gibson.

Segundo o chefe do Núcleo de Assistência Jurídica aos Bairros Periféricos da Defenap, defensor Paulo José Ramos, o projeto tem alcançado os resultados desejados. Ele reforça, ainda, que os trabalhos não se limitam às programações esporádicas. Após as ações expositivas e explicativas, a Defensoria segue fazendo o acompanhamento situacional das instituições.

A escola emite relatórios e encaminha ao Departamento de Estudo e Orientação Social (Deos) da Defensoria, para que seja feito o acompanhamento, junto à coordenação pedagógica, de possíveis casos de uso ou comercialização de entorpecentes por alunos da instituição.

Por conta dos bons resultados com as ações e a receptividade do público alvo, há a perspectiva de expandir os atendimentos. “Até o fim do ano, a expectativa é realizar ações em cerca de 80% das escolas da capital. Pretendemos também alcançar, em novembro, escolas no distrito de São Joaquim do Pacuí, e em dezembro no Arquipélago do Bailique”, concluiu o defensor Paulo José.

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