GEA e parceiros encerram semana contra o Aedes nas escolas

Por meio de microscópios, estudantes puderam conhecer as diversas fases do mosquito

Encerrou nesta sexta-feira, 27, a Semana Contra o Aedes nas Escolas. Secretarias e órgãos do Governo do Amapá, como a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, Defesa Civil e outros parceiros, como o Exército e prefeituras, percorreram escolas estaduais e municipais com o objetivo de orientar crianças e adolescentes sobre como evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

A última ação educativa ocorreu na Escola Meu Pé de Laranja Lima, no bairro Santa Rita, em Macapá. A equipe da SVS levou aos estudantes informações de prevenção e também fez demonstrações das diversas fases do mosquito, desde a larva até a fase adulta, através de microscópios disponibilizados pela equipe do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Na próxima semana, as atividades serão realizadas nas unidades de saúde. Este ano, a Semana Nacional de Mobilização Contra o Aedes será entre os dias 6 e 10 de novembro.

Orientações

Para continuar vencendo a luta contra o mosquito causador de doenças como a dengue, zika vírus e a febre chikungunya, o Governo do Amapá orienta a população com os seguintes procedimentos para impedir a reprodução e proliferação do mosquito Aedes aegypti:

-Vistoriar o imóvel, identificar todo e qualquer objeto que possa acumular água e que venha a servir de criadouro e removê-lo;

- Evitar deixar lixo em terrenos baldios;

- Evitar deixar lixo em logradouros públicos como mercados, feiras e locais de recreação;

- Manter os recipientes onde se armazena água, como caixa d’água, cisternas e piscinas limpos, lavar com água, sabão e esponja uma vez por semana, mantê-los com tampas totalmente fechadas;

- Cuidado com as calhas. No verão, elas acumulam muitas folhas e quando chega a época de chuva as folhas entopem as calhas e acumula água de chuva;

- Pneus não devem ser jogados no passeio público, devem ser depositados em locais cobertos para que não possam acumular água de chuva. O pneu ainda é considerado o criadouro preferencial da fêmea do Aedes aegypti.

“Essas são formas de evitar com que haja um local disponível para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos na parede interna e, ao acumular água, venha a facilitar a proliferação e reprodução do Aedes”, destacou o diretor executivo da SVS, Emanuel Bentes.

O gestor explica também que os ovos ficam em estado de latência por até 400 dias, aproximadamente. No momento em que o ovo é tocado pela água em um ou dois minutos ele eclode e logo estará pronto, com cinco a sete dias, para estar na fase alada, voar e poder disseminar uma doença.

Redução

Os dados do último boletim epidemiológico da SVS apontam que entre 1º de janeiro até 7 de outubro de 2017, foram contabilizados 1.195 casos suspeitos de dengue no Estado. No mesmo período em 2016, as notificações chegaram a 3.360. Ou seja, houve redução de 64% de casos suspeitos.

Já os casos confirmados de dengue em 2017 foram 744 e no mesmo período do ano passado foram 1.736, o que indica uma redução de 57%.

Chikungunya

Os casos de febre chikungunya também tiveram uma significativa redução no comparativo entre 2016 e 2017. Segundo a SVS, foram 455 casos suspeitos este ano, contra 1.072 no ano passado, uma redução de 57%.

Já os casos confirmados foram 137 este ano, contra 215 casos no ano passado, queda de 36%.

Zika

A queda em maior intensidade do número de casos suspeitos e confirmados é com relação ao zika vírus. Entre janeiro e setembro deste ano foram 80 casos suspeitos. Em 2016, as notificações foram 1.005. Os números indicam uma redução de cerca de 92% dos casos no Estado.

Nos casos confirmados, a redução chega a 98%, com 7 casos em 2017, sendo que em 2016 foram 384 casos.

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