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Implantação da Hidrovia do Rio Amazonas permitirá mais escoamento da produção amapaense

Com a implantação o Amapá reduziria em 47% o custo com escoamento que hoje é feito via terrestre.

Por Leidiane Lamarão
28/10/2017 12h21

Representantes de órgão federal, estadual e entidades e empresas de logística participaram do debate.

O Amapá é um Estado com fortes potencialidades econômicas e a implantação de indústrias tem gerado grandes atrativos na produção com recursos minerais, florestais e produção de alimentos oriundo dos insumos agropecuários e pesqueiro. Porém a logística para o escoamento dessa produção ainda é um grande gargalo para a economia local.

Observando essas dificuldades, governo do Estado e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), juntamente com empresários do seguimento de logística, reuniram-se nesta sexta-feria, 27, para discutir sobre o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), realizado pelo DNIT para implantação da Hidrovia do Rio Amazonas, que seria a principal solução para o Amapá se integrar ao restante do país e poder escoar sua produção com custos reduzidos.

Segundo o diretor de Atração de Ivestimentos da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, José Molinos, 85% do consumo local vem de outros Estados via terrestre com um custo logístico muito alto, chegando a ser 47% mais caro do que o custo marítimo fluvial da mesma localidade para Macapá.

“O estudo EVTEA vai nos possibilitar novas oportunidades econômicas, pois o Estado importa hoje, cerca de cinco milhões de reais em mercadoria do sul do pais e tudo isso vem para o Amapá por via terrestre até o Estado do Pará, onde são transportados via fluvial até aqui. Então, se tivermos a hidrovia que nos interligue a outros portos da federação brasileira, sem dúvidas teremos um grande salto positivo na economia amapaense e é para isso que o governo vem trabalhando, para ofertar melhor qualidade vida à população”, destacou o diretor.

Os empresários do seguimento de logística também se posicionaram no debate sobre o estudo. Jaime Nunes, da empresa Nortelog, falou das dificuldades enfrentadas hoje atuar no segmento de logística no Rio Amazonas e também parabenizou a iniciativa do Dnit em fazer o estudo e o Governo do Amapá, por tratar com devida importância o assunto.

“Eu fico muito feliz em saber que este assunto o está sendo articulado e priorizado junto ao governo federal. Isso vai trazer muitos melhorias para o Estado e, principalmente, vai fomentar o comércio de uma forma em geral”, enfatizou.

Durante o encontro foram discutidos importantes temas como infraestrutura existente, gargalos operacionais, demandas potenciais e ações de curto prazo, custo para implantação, metodologia de avaliação, benefícios e taxa de retorno, licenciamento ambiental e desafios para implantação da sinalização, balizamento, derrocamento e dragagem.

Segundo a engenheira do estudo, Cecília Maria, dentro de seis meses o projeto estará pronto para aprovação do Dnit. “Nós já estamos na fase final, que é a apresentação do estudo nas cidades da hidrovia do Amazonas, que inicia em Tabatinga e vem até Macapá. Aqui no Estado, o que detectamos no estudo foi que é preciso fazer uma dragagem no município de Mazagão e também sinalização. Tudo que foi levantado estará disponível nesse estudo que iremos entregar à presidência do Dnit e depois também estará disponível para a população”, esclareceu a engenheira.

O evento faz parte do programa de integração permanente denominado “Diálogos Hidroviáveis”, da Diretoria de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, que pretende visitar até o fim do mês de outubro outras cinco capitais dos estados brasileiros que compõem a Bacia do Rio Amazonas.

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