Larvicida testado no Amapá pode combater a proliferação do Aedes aegypti
Nos primeiros testes o produto apresentou grande eficácia e uma durabilidade de até 6 meses em um único recipiente com água.
Testes são feitos em caixas d'água para avaliar a durabilidade do larvicida que combate o Aedes aegypti
O Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) e a empresa japonesa Sumitomo Chemical, apresentou nesta quinta-feira, 23, um simulado de campo com o larvicida Sumilar 2MR [nome comercial], que está sendo utilizado no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. As pesquisas acontecem no campus do Iepa, na Fazendinha.
Os estudos, no Amapá, acontecem desde 2016 e mostraram um resultado eficiente e com um efeito prolongado do produto por até seis meses. As avaliações se iniciaram em módulos menores com água (baldes) e agora são feitas em caixas d’água de 250, 500 e 1.000 litros, ambiente que reproduz o que encontramos em residências do nosso Estado. As pesquisas ocorrem simultaneamente nos estados do Amapá, Pernambuco, São Paulo e Rio Janeiro.
Os testes são conduzidos pelo pesquisador Allan Karderk Galardo, coordenador de pesquisa do laboratório de entomologia médica do Iepa. “Observamos até o momento excelentes resultados nessas duas fases, e se tudo ocorrer dentro do planejado em, no máximo dois anos, o produto já fará parte do Programa Nacional de Combate ao Aedes aegypti”, declarou.
A atuação do produto acontece da seguinte forma: o princípio ativo Pyriproxyfen está contido em uma pequena rede com o chamado “hormônio juvenil”, colocada no fundo do recipiente com água. O produto é liberado aos poucos e age diretamente nas fases de larva e pupa, o que impede o desenvolvimento para a fase adulta, ou seja, o método não permite que a larva se torne um mosquito.
Com as pesquisas em estágio avançado e com a autorização dos órgãos federais de saúde, o larvicida poderá ser testado diretamente em áreas habitacionais até o final de 2018. “Em um curto espaço de tempo, nós já poderemos testar o produto em um ambiente urbano e, com um pouco mais de tempo, nós teremos resultados práticos”, completou o pesquisador Allan Karderk.
O Pyriproxyfen é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem recomendação do WHO Pesticide Evaluation Schemme (Whopes) como larvicida e avaliação da própria OMS, que dentre outras atividades, autoriza o produto para uso em água potável.
O intuito da empresa japonesa, responsável pelo larvicida, é que o produto esteja à disposição no mercado e dos governos federal, estadual e municipal, a partir de 2018 ou 2019.
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