Policiamento escolar do Amapá participa de intercâmbio no Japão

Tenente Marcelo Moraes (à direita) está no Japão para apresentar os resultados do Policiamento Escolar no Amapá

O Policiamento Escolar do Amapá, que atende 84 escolas, distribuídas em 24 bairros de Macapá, foi reconhecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e figura como o único da região Norte que está entre as 10 equipes de polícia comunitária do Brasil escolhidas para um intercâmbio com policiais em Tóquio, capital do Japão.

O Amapá foi convidado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) durante um evento da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) – em setembro deste ano – após a apresentação do projeto “Vencedores do Futuro”, que trabalha preventivamente nas escolas estaduais Mário David Andreazza, no bairro do Perpétuo Socorro, e Augusto dos Anjos, no bairro do Laguinho, atendendo quase 200 alunos com palestras, mediação de conflitos e incentivo ao esporte para distanciar estudantes com idade entre 8 e 16 anos do mundo do crime.

No projeto eles têm práticas de futsal, futebol de campo e capoeira. Os índices de tráfico de drogas e uso de armas nessas escolas eram considerados altos, mas após a atuação na modalidade de segurança nas escolas, a situação mudou. “Hoje, nós conseguimos zerar os índices nas escolas que estavam no topo da violência através do esporte e palestras”, assegura o tenente Marcelo Moraes, comandante do Policiamento Escolar.

Em Tóquio, o tenente Marcelo Moraes, apresenta o modelo de policiamento nas escolas de Macapá e conhece um pouco da rotina e estratégias dos combatentes das ruas e colégios da capital japonesa por 20 dias. Na troca de experiências será possível aprender técnicas para atuar de forma mais eficaz nas unidades escolares com o objetivo de reduzir os índices de violência em toda a cidade.

Para o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Ericlaudio Alencar, todos os dias a polícia tem combatido o tráfico de drogas, furtos e roubos nas escolas. Então, é gratificante ser reconhecido por um órgão que coordena a assistência oficial ao desenvolvimento em nome do governo do Japão. “O trabalho de conscientização das famílias, dos alunos e do corpo técnico das escolas tem garantido uma proximidade entre polícia e comunidade, os resultados estão aparecendo. Quando existe essa integração, certamente, quem ganha é a sociedade", afirmou o secretário.

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