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Profissionais da assistência social visitam famílias assistidas pela Pastoral da Criança

Atividade prática faz parte da capacitação sobre o programa Criança Feliz, coordenada pela SIMS. Participam 40 profissionais de cinco municípios do Estado.

Por Redação
07/12/2017 14h04

Os profissionais traçam o diagnóstico do desenvolvimento infantil, percebem onde a família está inserida, e atuam com sensibilidade e simpatia.

Na manhã desta quinta-feira, 7, cerca de 40 profissionais da assistência social que atuam nos municípios de Cutias do Araguari, Ferreira Gomes, Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio, realizaram visitas a famílias atendidas pela Pastoral da Criança – vinculada à Diocese de Macapá -, no bairro Jesus de Nazaré.

A atividade prática faz parte da capacitação coordenada pela Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (SIMS), que visa a execução, no Amapá, do programa Criança Feliz, do governo federal. O curso prossegue até esta sexta-feira, 8, e tem como tema o “Guia de Visita Domiciliar”.

O programa Criança Feliz objetiva promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, considerando sua família e seu contexto de vida, através de ações intersetoriais das políticas de assistência social, saúde, educação, cultura e direitos humanos.

Durante o exercício, coordenadores, supervisores e visitadores do programa nestes municípios dividiram-se em quatro equipes e aplicaram o módulo “Cuidados para o Desenvolvimento da Criança”, alcançando sete famílias atendidas pela Pastoral, que possuem em seu núcleo crianças na primeira infância, especificamente com idades entre 0 e 3 anos e que se enquadram nos critérios do programa. Todo o processo foi acompanhado por técnicos do programa no Estado e por consultores do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

Roberta Souza, é uma das consultoras do MDS que acompanham o processo de capacitação dos profissionais no Amapá. “Eles precisam vivenciar a prática do atendimento, para que todos os conhecimentos teóricos sejam colocados em prática, e que eles se aperfeiçoem para fazer da melhor forma essa intervenção social”, destacou Roberta.

A consultora pontua que a visita é uma simulação, e este ponto foi esclarecido às famílias durante o processo, visto que o município de Macapá ainda não realizou a adesão ao programa.

“O trabalho é feito como se fosse real. Os profissionais traçam o diagnóstico do desenvolvimento infantil, percebem onde a família está inserida, e atuam com sensibilidade e simpatia. São executadas atividades de acordo com a faixa-etária da criança, observando as dificuldades que ela possa apresentar, para que os estímulos sejam adequados ao desenvolvimento”, explica Roberta.

Os materiais utilizados nas atividades de estímulo ao desenvolvimento são objetos e brinquedos que já pertencem ao ambiente de convivência entre a criança e seu cuidador, como copos e potes para exercício de empilhamento, para estimular a coordenação motora da criança, e brinquedos. “São atividades simples, mas que possibilitam um resultado muito positivo”, concluiu a consultora do MDS.

Marilia Reis, técnica do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) de Laranjal do Jari, está entre os oito profissionais do município que participam da capacitação. Ela pontua que na região devem ser alcançadas pelo programa 150 famílias, que em sua maioria residem sob palafitas e em áreas ribeirinhas. Marilia destaca que simular a abordagem durante a capacitação, possibilita a fixação do conteúdo.

“É neste momento que tiramos dúvidas e aperfeiçoamos a nossa abordagem para prestar um atendimento de excelência às famílias do nosso município. Está sendo muito gratificante participar desta capacitação”, relatou Marilia.

A técnica ainda mencionou que ao término do curso, os participantes multiplicarão as informações aos demais envolvidos com o programa em Laranjal do Jari e em seguida iniciarão os trabalhos. “Faremos o planejamento para que executemos o programa o mais breve possível”, afirmou.

Neuza dos Reis, 25 anos, dona de casa, é mãe de Alex dos Reis, de um ano e sete meses. Ela e seu filho foram visitados pelos profissionais de assistência social, que lhe falaram sobre o programa e realizaram atividades para exercitar a coordenação motora de Alex, promovendo ainda a interação e maior aproximação entre mãe e filho.

“Foi um momento de aprendizado. É a primeira vez que recebemos uma visita assim. Sempre que eu posso procuro fazer essas atividades para estimular ele, mas confesso que são poucas as vezes. Com essa visita, eu percebi que pequenas atividades que a gente faz ajudam muito no desenvolvimento dos nossos filhos”, relatou Neuza.

Gilmara Oliveira é assistente social da SIMS, e multiplicadora do programa no âmbito do estado. Ela destaca o compromisso do Executivo Estadual em dar apoio aos municípios na execução dos trabalhos de assistência social. A execução do programa Criança Feliz, menciona, será mais um grande avanço neste sentido.

“O programa representa um olhar cuidadoso e especial à primeira infância. Ao término do curso, estes profissionais voltarão para os seus municípios com a responsabilidade de fomentar o desenvolvimento da primeira infância, e desta forma, contribuir para que no futuro eles se tornem adultos bem sucedidos em todas as áreas de suas vidas”, salientou Gilmara.

Criança Feliz

O programa Criança Feliz foi instituído no ano passado, coordenado pela Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano (SNPDH) do Ministério de Desenvolvimento Social, tendo como fundamento a Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016 – Marco Legal da Primeira Infância.

Os Estados e municípios que aderem ao programa recebem recursos federais para que executem os trabalhos. O Amapá aderiu ao Programa Criança Feliz no início deste ano, em solenidade no Palácio do Setentrião, sede do Executivo estadual. No decorrer do ano, somente os cinco municípios acima citados também fizeram a adesão, e agora, os supervisores e visitadores municipais do programa, assim como coordenadores municipais e técnicos dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) receberão esta capacitação para executar as ações em âmbito local.

O público prioritário do programa são: gestantes e crianças, de até 36 meses, de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família; crianças de até 72 meses de famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC); e crianças de até 72 meses afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida protetiva.

Metodologia da capacitação

No decorrer da semana, estão sendo desenvolvidas atividades de sensibilização, estudos de caso, planejamento e execução de visitas, dramatização e rodas de conversa.

A capacitação contempla os seguintes conteúdos: o Programa Criança Feliz; o papel do supervisor e do visitador; o papel do Suas  no Programa Criança Feliz ; o território e as políticas públicas; orientações para começar o trabalho no território: a acolhida das famílias e as primeiras visitas; visita domiciliar das crianças de 0-3 anos; o Método Cuidados para o Desenvolvimento da Criança – CCD; Planejamento e realização da Visita Domiciliar; visita domiciliar de crianças de 0 a 3 anos; visita domiciliar às gestantes; visita domiciliar de crianças do BPC e afastadas do convívio familiar; prática: visita às famílias; e Plano de Ação Municipal do Programa.

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