Professores da rede estadual participam de curso sobre práticas restaurativas em Santana
Capacitação formará 70 educadores que multiplicarão as práticas restaurativas nas escolas de Santana.
Primeiro módulo do Curso de Práticas de Justiça Restaurativa vai até o dia 26 de janeiro, no Senac de Santana
Com o objetivo de promover a cultura da paz nas escolas por meio do diálogo e do respeito, o Governo do Estado Amapá (GEA), em parceria com Ministério Público Estadual (MP-AP) e Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), realiza o Curso de Práticas de Justiça Restaurativa a 70 professores da rede estadual, que multiplicarão esse conhecimento em Santana. A capacitação ocorrerá no Senac-Santana em três módulos. O primeiro será de 22 a 26 de janeiro, sob consultoria do Instituto Them, de São Paulo.
Nesse módulo, será feita uma conexão com os participantes colhendo as expectativas dos profissionais com diálogo e exercícios sobre as práticas restaurativas, com foco na substituição da punição pela responsabilização. O curso terá dinâmicas com teoria, vivências, vídeos e compartilhamento de experiências sobre a importância da autonomia de cada pessoa nos relacionamentos.
Os participantes também vão atuar no Programa Educação para a Paz - uma política de Estado criada para promover a cultura da paz e a prevenção da violência para a melhoria da convivência nas unidades educacionais. A ideia é aplicar nas escolas valores e metodologias da Justiça Restaurativa, pacificando as relações e exaltando o diálogo, a tolerância e solidariedade como métodos de resolução de conflitos e colaborando, também, com a diminuição da evasão escolar ocasionada por atitudes discriminatórias e preconceituosas.
De acordo com a secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, é fundamental desenvolver as competências socioemocionais no ambiente escolar para reverter o atual cenário da educação amapaense. “É nosso dever buscar mecanismos que amenizem esse cenário tão desafiador que temos hoje envolvendo a juventude. Queremos preparar as escolas e mobilizar os estudantes para que eles estejam mais envolvidos com a escola”, frisou.
Para a juíza Larissa Norinha, titular na Vara da Infância e Juventude de Santana, a parceria com a Secretaria de Educação consolida o trabalho desenvolvido dentro do Ministério Público com bons resultados no relacionamento dentro e fora das escolas, na diminuição da violência como um todo e da redução no número de novos processos na Justiça.
A coordenadora do Núcleo de Práticas Restaurativas de Santana, promotora de Justiça Silvia Canela, pontuou que as práticas restaurativas são fundamentais para construir um mundo melhor, começando pela educação.
Segundo a professora Lilian Martins, de 42 anos, mais da metade deles dedicados à educação, é preciso resgatar a humanização dos estudantes favorecendo a formação escolar e cidadã. “A eficácia desse trabalho nas escolas consiste na melhora do relacionamento com o desenvolvimento das competências socioemotivas e da inteligência emocional de cada um”, afirmou.
Haverá outros dois módulos do curso em fevereiro e março deste ano. Após a formação, os educadores irão às escolas de Santana para multiplicar as práticas restaurativas. A expectativa é que a capacitação também chegue a outros municípios do Estado.
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