III Festival de Iemanjá acontece na próxima sexta-feira no trapiche Eliezer Levy
Organização espera um público de cerca de 2 mil pessoas.
Evento tem apoio do Governo do Amapá e valoriza as religiões de matriz africana no Amapá
Acontece na próxima sexta-feira, 2 de fevereiro, a partir das 16h, no Trapiche Eliezer Levy, o III Festival de Iemanjá – Rainha do Mar. Nesta terceira edição da festividade, a comemoração contará com louvores, rituais e oferendas, para um dos orixás mais cultuados. O movimento é organizado pela Fecarumina e tem o apoio do Governo do Estado do Amapá (GEA).
Dia 2 é o “Dia de Iemanjá”, comemorado em todo o Brasil e também em Cuba. A organização espera um público de cerca de 2 mil pessoas. O evento tem o objetivo de desmistificar a prática dos rituais de umbanda e mina ao público em geral. Iemanjá é evidenciada no sincretismo como protetora dos pescadores e jangadeiros
A presidente da Federação de Culto Afro Religioso de Umbanda e Minanango (Fecarumina), que organiza a programação, Mãe Iolete da Silva, destaca a importância da data para os seguidores afro religiosos. “Existe uma abrangência que vai desde pais e mães de santo e até mesmo simpatizantes de Iemanjá; esse é um dia especial para nós que fazemos parte dessa religião de matriz africana”.
A secretária Extraordinária dos Povos Afrodescendentes (Seafro), Núbia Souza, afirmou que o Estado está empenhado em valorizar todos os seguimentos de religião de matriz africana. “Nós temos o compromisso de apoiar diretamente os eventos que retratam as religiões afrodescendentes, e por isso, já estamos finalizando diversos projetos que irão fortalecer esses movimentos”.
O ponto alto do ritual afro religioso será às 17h, quando os seguidores jogarão flores nas águas e levarão as oferendas para as margens do rio. A festa em homenagem a orixá tem previsão de encerramento às 22h.
Histórico
No dia 2 de fevereiro a umbanda está em festa, pois é “Dia de Iemanjá - a Rainha do Mar”, sincretizada com “Nossa Senhora dos Navegantes” pela igreja católica. Iemanjá é um orixá muito respeitada e cultuada. Por ser a mãe de quase todos os orixás, também tem poderes sobre a fecundidade. É grande protetora dos pescadores e jangadeiros.
Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de “sincretismo” encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadmissíveis tais “manifestações pagãs” em suas propriedades.
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