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O caminho dos estados para a 4ª Revolução Industrial

Um conjunto de medidas deve ser apresentado pelo governo federal em março, durante o Fórum Econômico Mundial, em SP.

Por Redação
08/02/2018 19h15

Rafael Moreira, assessor especial para Indústria 4.0 do MDIC, explicou os passos que o Brasil deve dar para avançar na área tecnológica

Os caminhos para que o país e os estados brasileiros mergulhem na 4ª Revolução Industrial – nova tendência econômica mundial – foram apontados no 1º dia do Seminário “A Inserção do Amapá na Lei de Informática e a Indústria 4.0.

O evento, ocorrido nesta quinta-feira, 8, no Museu Sacaca, em Macapá, reuniu empresários, pesquisadores, acadêmicos de cursos tecnológicos, técnicos de governo, entre outros profissionais. Foi para este público que o assessor especial para Indústria 4.0, do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Rafael Moreira, apresentou as principais estratégias que o Amapá deve seguir para implantar o novo modelo industrial e desenvolver o Estado.

Durante a palestra, Moreira também anunciou que as medidas a serem adotadas pelo governo federal para Indústria 4.0 serão apresentadas pela primeira vez durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina (WEF), que ocorre de 13 a 15 de março, na cidade de São Paulo (SP). Segundo ele, foi montado um plano de execução, cuja 1ª fase contém metas a serem alcançadas nos próximos dois anos como preparação do Brasil para a 4ª Revolução Industrial.

Já os estados devem começar a difundir novas políticas voltadas para a Indústria 4.0. “Essas novas políticas têm uma forma diferente de execução em relação às políticas que o Estado estava acostumado a executar para distritos industriais, parques tecnológicos. É preciso experimentar mais, criar ou adotar mais protótipos”, estabelece Moreira.

Ele também analisou a importância que o setor digital tem para o novo mundo da indústria que começa a surgir frente ao interesse dos brasileiros por novas tecnologias. O assessor especial ressaltou que apesar do Brasil estar sempre no topo dos rankings de países com maiores usuários de aplicativos do mundo, o país não tem representatividade significativa na produção dessas tecnologias digitais.

Para mudar este quadro, aponta o especialista, é necessário investimento nos segmentos da tecnologia da informação e comunicação, além da formação de recursos humanos, geração de incentivos às empresas. “Temos que ter importação adequada de bens estratégicos para esta nova concepção industrial combinado com políticas públicas diferenciadas, para que as empresas da área acessem e adotem essas tecnologias digitais rapidamente, pois são elas que vão sofisticar a indústria brasileira e, assim, aumentar a produção e a qualidade”.

Legislação

Segundo Moreira, adequações de legislação terão que ser feitas para que a Indústria 4.0 deslanche no Brasil. Esta é uma das medidas que serão apresentadas no Fórum WEF no próximo mês. Entre essas mudanças, uma das propostas será adotar mecanismos legais para facilitar a adoção de robôs industriais e colaborativos no mercado brasileiro.

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