Governo vai apoiar projeto de implantação para uma indústria de chocolate no Amapá
Cooperativa Agroextrativista Cassiporé apresentou projeto ao governo do Estado para o beneficiamento do cacau produzido no Norte do Amapá.
Representantes da cooperativa apresentaram o projeto à diretora-presidente e equipe técnica da Agência Amapá
Em busca do aproveitamento da potencial produção de cacau na área de várzea do Rio Cassiporé, na divisa entre os municípios de Calçoene e Oiapoque, os assentados da comunidade da Vila Velha do Cassiporé, a 590 quilômetros da capital Macapá, buscam alternativas para viabilizar a indústria que pode tornar o Amapá, um produtor de chocolate.
Há anos a comunidade experimenta uma superprodução de cacau. Por isso, os produtores uniram-se e deram início ao projeto para beneficiar o cacau em abundância na região. Eles fundaram a Cooperativa Agroextrativista Cassiporé.
Com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o grupo fez um estudo de viabilidade econômica para o beneficiamento do cacau. Agora, eles buscam junto ao governo do Estado o fomento para a estruturação da primeira colheita que acontecerá no mês de julho deste ano.
Esta semana, os representantes da Cooperativa Agroextrativista Cassiporé apresentaram o projeto da indústria do cacau à diretora-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, Tânia Maria. Ela garantiu apoio da equipe técnica do órgão para tornar o projeto realidade e incluí-lo no corredor econômico da Zona Franca Verde – cujos empreendimentos beneficiações recebem incentivos fiscais dos governos Federal e Estadual.
“Vamos acolher o projeto e buscar junto com eles tudo o que for necessário para que se tornem uma Indústria e, quem sabe, num futuro próximo, passem a exportar seus produtos com a chancela do nosso selo Amapá”, enfatizou a presidente.
Com a marca Cacau Cassiporé registrada, a cooperativa atua na fabricação artesanal de produtos como barras de puro cacau, gotas de cacau, licor de cacau e de outros frutos também. Atualmente a cooperativa fornece, ainda, amênodas de cacau para uma fábrica de chocolates no Estado do Pará. Com o apoio do governo, os agricultores esperam industrializar o fruto e implantar a primeira fábrica de chocolate do Amapá.
“Antes nós não tínhamos nenhuma saída para achar que poderíamos fazer algo com nossa matéria-prima, mas hoje, com tudo o que já avançamos tenho a certeza de que o governo vai nos apoiar, pois tem essa preocupação com as comunidades, nós sentimos isso na recepção que tivemos na Agência Amapá. Estamos confiantes” declarou o diretor executivo da Cooperativa, João Dorismar.
Segundo ele, menos de uma tonelada do fruto é aproveitada pela cooperativa. Contudo, o estudo de viabilidade técnica e econômica feito pelo Sebrae aponta que a produção de cacau na região chega a 42 toneladas por ano, quantidade que pode dobrar com o manejo correto e infraestrutura adequada, segundo o estudo do Sebrae.
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