Sema e WWF-Brasil finalizam Plano de Manejo da RDS do Rio Iratapuru
Nos últimos anos não houve continuidade do trabalho e as informações ficaram desatualizadas.
A RDS do Rio Iratapuru é uma unidade de conservação estadual com uma extensão de 806.184 hectares, situada nos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande, no Estado do Amapá. Existem 7 comunidades nas proximidades da área, que abrigam mais de mil moradores.
Os trabalhos para a elaboração do plano iniciaram em 2006, com apoio de diversas instituições e compromisso de cooperação técnica do WWF-Brasil. Nos últimos anos não houve continuidade do trabalho e as informações ficaram desatualizadas.
Em 2015, a Sema e a ONG retomaram o documento e no dia 28 de novembro do ano passado, apresentaram o material aos conselheiros do RDSI. O Conselho Gestor da reserva ajuda na gestão da unidade de conservação. Através dele, as comunidades participam das decisões que as impactam.
De acordo com a chefe do RDS, Norma Souza Cunha, o Plano de Manejo reúne informações sobre zoneamento, vegetação, exploração das castanheiras (principal atividade desenvolvida hoje dentro da reserva), tipo de madeira e animal dentro da unidade, além da legislação.
Segundo Cunha, o documento será utilizado durante cinco anos e após esse período, ocorrerá uma revisão, acompanhada pela equipe técnica da Sema e conselheiros, para uma nova aprovação. “Trata-se de um material de apoio com informações técnicas e curiosidades sobre a reserva, como por exemplo, a potencialidade turística do espaço. Toda unidade de conservação tem que ter seu próprio plano de manejo”, reforça.
A RDS é a segunda maior área protegida a compor o Corredor da Biodiversidade do Amapá, proposto pelo GEA em 2004, juntamente com o Parque Nacional de Montanhas Tumucumaque e Florestal Nacional do Amapá (Flona).
A Reserva tem como objetivo preservar a natureza, além de proteger o uso sustentável dos seus recursos naturais, preservando a biodiversidade daquela região. Também assegura o direito das populações tradicionais terem acesso livre aos castanhais, a principal fonte de renda das comunidades que habitam seu entorno.
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