Secretaria de Políticas para as Mulheres recebe reivindicações de movimentos feministas
Movimentos sociais de mulheres temem retrocesso em outras áreas do governo com o fim do Ministério Nacional de Mulheres
Construção da agenda de atividades para a sustentação das políticas públicas para as mulheres, enfrentamento à violência e reivindicação quanto à extinção do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, foram os principais encaminhamentos dos movimentos sociais de mulheres do Amapá apresentados à secretária de Políticas para as Mulheres, Silvanda Duarte, durante reunião no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), na segunda-feira, 30.
A secretária dialogou com cerca de 40 representantes de conselhos e coordenadorias municipais que defendem as lutas do segmento. Os movimentos sociais alegam que houve um desmanche nacional da política púbica para as mulheres com o fim do ministério e temem que o retrocesso atinja outras áreas de governo e extermine direitos já conquistados por elas.
“O retrocesso é uma condição que não podemos permitir, em pleno século 21, que nossos direitos sejam retirados”, declarou Silvanda.
O enfrentamento à violência também é tratado como prioridade. O caso da adolescente violentada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro, que ganhou repercussão mundial, foi citado com muita revolta, dor e até lágrimas, durante o encontro que reuniu mulheres que também foram vítimas desse tipo de violência.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2014, o Amapá ocupou a terceira posição entre os Estados que registraram mais casos de estupros no país. A taxa foi de 45 casos a cada 100 mil habitantes.
Segundo a secretária Silvanda, uma das maiores lutas das mulheres amapaenses também é a construção da “Casa da Mulher Brasileira”. “Vamos reivindicar junto à Secretaria Nacional a retomada do projeto ‘A Casa da Mulher Brasileira’; nós já avançamos com a aquisição de um terreno localizado na Zona Norte de Macapá, mas precisamos da intervenção do governo federal para o projeto se concretizar”, frisou.
A Casa é um espaço integrado e humanizado de atendimento às mulheres em situação de violência, iniciativa do governo federal que já funciona em boa parte dos Estados brasileiros. A pauta reivindicatória será encaminhada à Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, comandada pela ex-deputada federal Fátima Pelaes.
Foi acordado que os movimentos sociais de mulheres do Amapá farão um ato público, denominado “O Grito das Mulheres do Meio do Mundo”, para externar a insatisfação do Estado com o cenário nacional, no que tange à política pública para as mulheres. O ato está marcado para o dia 1 de junho, quarta-feira, às 15h, na escadaria do Teatro das Bacabeiras. Um segundo ato também foi marcado para o dia 2, quinta-feira, às 9h, em frente à Câmara de Municipal de Macapá.
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