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PIB do Estado revela economia regionalizada dos municípios

Pesquisa mostra processo de descentralização da economia no Amapá

Por Redação
21/12/2015 17h12

Estudo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios amapaenses apontou que Estado iniciou um processo de descentralização da sua economia. A pesquisa foi concluída recentemente pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Tesouro (Seplan), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como sempre, os números consolidados correspondem aos dois anos anteriores, ou seja, ao ano de 2013.

 

A maior participação dos municípios no PIB estadual continua sendo de Macapá, mas este percentual reduziu de 66,4%, em 2010, para 64,6%. Em segundo lugar, vem Santana, segunda maior cidade do Estado, com participação de 14,4%, seguida de Laranjal do Jari com 4,2%, Pedra Branca com 2,8%, Oiapoque com 2,3%, e Porto Grande com 2,1%. Já os cinco menores participantes no PIB do Estado são Itaubal, Pracuúba, Cutias do Araguari, Serra do Navio e Amapá, que somam 2,9%.

 

A economista Regina Célis, que coordena a equipe técnica da Seplan responsável pelo estudo, observa que até 2010 havia uma grande concentração na capital. A partir de então, a economia do Estado passa ser melhor distribuída, ou regionalizada, segunda a economista, porque novos polos econômicos começaram a surgir.

 

Neste contexto, ajudaram a descentralizar o PIB, as atividades de econômicas geradas a partir da produção de energia em Ferreira Gomes, com a Usina Hidrelétrica, e a exploração mineral em Pedra Branca do Amapari. Também tem relevância o aumento da produção agrícola dos municípios de Porto Grande, Itaubal e Tartarugalzinho.

 

Segundo Regina Célis, o estudo é um retrato dos municípios e, por consequência, da atividade econômica do Estado. Ela diz que a pesquisa vai ajudar a nortear políticas públicas para cada vez mais desconcentrar a economia e equilibrá-la. Segundo a economista, o Plano Pluri Anual (PPA) 2016/2019 foi traçado a partir de alguns dados consolidados do estudo, mesmo quando estava em andamento. “O governo teve a preocupação de olhar o potencial de cada município focado dentro da sua economia”, afirma.

 

A economista exemplificou com o indicador Renda Per Capita, que mostra a concentração de renda anual por morador de cada município. “Temos dois municípios com indústrias fortes, que são Pedra Branca, por causa da atividade mineral, com R$ 27,7 mil, e Ferreira Gomes, com renda per capita de R$ 26,7 mil, com a indústria de energia elétrica. Mas percebemos uma concentração de renda aí, além do desequilíbrio nos indicadores sociais. Então, o Estado já sabe que é preciso ter, nesses dois municípios, um setor industrial mais agregativo”.

 

PIB Estadual

O PIB é o indicador que quantificada as riquezas produzidas, levando em consideração os três segmentos econômicos: setor produtivo, indústria, e comércio e serviços. É um indicador que leva em consideração aspectos mais econômicos que sociais. No ano de 2013, o indicador apontou que o Amapá produziu R$ 12,76 bilhões. Porém quando analisados os setores econômicos é que se pode perceber o grande desafio da economia local, que é o desequilíbrio entre eles: o setor produtivo representa 2,2% do PIB do Estado, enquanto que a indústria contribui com 13,2%, e segmento de Serviços e Comércio com 84,6%.

 

A folha do Estado, que está englobada no terceiro setor, ainda representa 44,3% do PIB, mas este percentual representa uma queda de 3,7% em relação à 2010, ano anterior da pesquisa. O crescimento de dois mercados, o imobiliário e o da indústria de transformação, foram responsáveis pela baixa. O setor primário, onde está a produção de alimentos do Amapá, foi o que mais caiu. Até 2009 contribuía com aproximadamente 4%.

 

Segundo a pesquisa, por segmento, os municípios que mais desenvolvem atividades econômicas agropecuárias, produção florestal, pesca e aquicultura são Pracuuba, Cutias, Amapá, Itaubal e Tartarugalzinho. No setor industrial, lideram: Pedra Branca, com a atividade mineral; Ferreira Gomes, com geração de energia; Santana, com a indústria de transformação; e Calçoene, com o processamento do pescado. Já no terceiro setor, onde estão o comércio e o funcionalismo público, a ordem é: Macapá, Santana, Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Oiapoque.

 

“O que podemos verificar é a necessidade de melhorar os desempenhos da indústria e da produção de alimentos”, observa a economista. Para isto, Célis lembra que o governo lançou recentemente medidas para alavancar esses segmentos econômicos. No setor produtivo, destacam-se as concessões florestais e as cooperações para dobrar a área de plantio. E na indústria, a recente regulamentação da Zona Franca Verde é outro projeto promissor.

 

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