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3ª Virada Afro vai evidenciar cultura negra do Amapá com vasta programação em Santana

Evento acontece entre os dias 29 de junho e 1º julho com palestras, exposições, atrações musicais e produtos de comunidades afrodescendentes do Estado.

Por Redação
27/06/2018 17h39

Quem abre a programação da 3ª Virada Afro nesta sexta-feira, 29, é o grupo musical Olodum

O município de Santana recebe entre os dias 29 de junho e 1º de julho, a terceira edição da Virada Afro - Circuito Cultural Amapá Afro. O evento vai acontecer na Avenida Santana, no Centro da cidade, onde será montado um extenso corredor com exposições de literatura, gastronomia, ações educativas, palestras, feira de empreendedorismo e atrações musicais locais e nacionais.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre Governo do Estado do Amapá (GEA), por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro), e Fundação Cultural Palmares, além do apoio da Prefeitura de Santana. Os recursos financeiros são de emenda do deputado federal Marcos Reátegui e contrapartida do GEA.

O titular da Seafro, Aluisio de Carvalho, destaca que a Virada Afro é uma forma de valorizar a cultura negra, incentivando o desenvolvimento cultural e social de comunidades quilombolas do Estado. "Esse evento traz a cultura afro brasileira para o expoente, dando visibilidade para essas comunidades, através de apresentações culturais, capacitações e comercialização de produtos", frisou o secretário.

O secretário de Estado do Turismo (Setur), Vicente Cruz, destacou que o evento também é uma forma de evidenciar os artistas de origem afro brasileira do Amapá. "A Setur foi responsável pelo credenciamento desses artistas, que foram selecionados pela Fundação Palamares, visando essa valorização", ressaltou.

Empreendedorismo

Um dos principais objetivos do evento é incentivar o empreendedorismo para gerar emprego e renda dentro das comunidades negras e quilombolas do Amapá. Serão 60 empreendedores beneficiados pela Feira do Afroempreendedor, formada por um corredor com quiosques onde serão expostos e comercializados produtos como roupas, objetos de decoração, artes plásticas e cosméticos voltados para afrodescendentes.

Haverá, ainda, gastronomia com itens produzidos nas comunidades como farinha, mel, ervas, chás, entre outros. E, também a apresentação de costumes e tradições dos povos de matriz africana, a exemplo de búzios, carta, tarô, baralho e benzedeiras.

Atrações

As apresentações artísticas integram outro importante momento da Virada Afro. Na sexta-feira, 29, primeiro dia do evento, o tempero baiano agita a Virada. O grupo musical Olodum promete chacoalhar os amapaenses com a força dos seus tambores.

No sábado, 30, a partir de 18h, grupos culturais locais animam o público. Às 22h, sobem ao palco as cantoras Naná Martins, de Alagoas, e Grazzi Brasil, ex-participante do programa The Voice Brasil, da Rede Globo.

No dia 1º de julho, último dia da 3º Virada Afro, a cantora baiana Margareth Menezes encerra a programação. Com mais de três décadas de carreira, a cantora e compositora vai mostrar a força das raízes afro em sua combinação de gêneros como samba, pop, axé e reggae.

Capacitações

Dentro da programação acontece no Centro do Idoso, na Vila Amazonas, em Santana, o Curso Elaboração e Gestão de Projetos Culturais da Escola Olodum. A capacitação é direcionada para profissionais com atuação na cadeia produtiva cultural, preferencialmente relacionado a entidades negras, com noções prévias de elaboração e/ou execução de projetos.

Já entre os dias 28 e 30 de junho, o fotógrafo Januário Garcia ministra a Oficina de Fotografia em Celular, também na Casa do Idoso, em Santana. Na sexta-feira, 29, o fotógrafo faz um passeio com os alunos para uma aula prática usando os conhecimentos adquiridos. No sábado, às 18h, Januário inaugura sua exposição Herança Viva, na Casa Brasil.

O município deverá receber, ainda, o ciclo de palestras "Racismo, Estado e Violência", que tem o objetivo de promover e disseminar práticas que minimizem os conflitos gerados a partir do racismo, discriminação e estereotipia, além de identificar e compartilhar ações que promovam o respeito, a autoestima e a valorização dos aspectos culturais do povo negro que possam ser executadas pelo poder público.

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