Caminhada Zumbi dos Palmares exalta resistência do povo negro no Amapá
Movimento fez parte da programação da Semana da Consciência Negra promovida pelo Governo do Estado.
Participantes percorreram as principais ruas do Centro de Macapá durante a Caminhada Zumbi dos Palmares
O discurso de resistência do povo negro marcou a 16° edição da Caminhada Zumbi dos Palmares, realizada neste sábado, 24, em Macapá. O evento fez parte da programação da Semana da Consciência Negra promovida pelo governo do estado.
Com o tema “Resistir é a arte mais profunda do meu povo!”, a caminhada reuniu centenas de pessoas que marcharam por ruas e avenidas do centro da capital, em favor da luta negra contra todo tipo de preconceito.
A caminhada foi antecedida por apresentações musicais, dança e manifestações religiosas. Cânticos dedicados ao orixá africano Exu marcaram o início do deslocamento, visando atrair energias positivas aos participantes.
O secretário Extraordinário de Políticas para os Povos Afrodescendentes, Aluísio de Carvalho, lembrou que a caminhada é uma das tradições da comunidade afro-amapaense durante a Semana da Consciência Negra. “Essa caminhada é mais um dos movimentos da sociedade negra, que abrilhanta a programação, mostrando a importância da luta e resistência contra qualquer tipo de preconceito”, frisou o gestor.
A universitária Maiara Nascimento, 23 anos, considerou o tema deste ano bastante oportuno, devido às frequentes discussões sobre o atual cenário político, social e cultural para as comunidades negras de todo o estado. “A comunidade negra precisa ir para as ruas e lutar contra possíveis retiradas de direitos que vêm sendo constantemente discutidas atualmente”, ressaltou a jovem.
O presidente do Instituo Mocambo, Paulo Axé, também destacou a importância de reunir pessoas de diferentes gerações para discutir a luta contra o preconceito racial. “A velha guarda do movimento tem deixado um legado, e vemos uma grande participação de jovens e adolescentes”, destacou.
Foi o caso da estudante Yasmim Beatriz, 15 anos, que participou pela primeira vez da caminhada, por reconhecer a importância do movimento. “Nós entendemos que precisamos participar desse movimento desde cedo, lutando pelos nossos direitos, pelo nosso protagonismo”, considerou a adolescente.
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