Encontro debate implantação da capoeira no ensino público do Amapá
O encontro aconteceu no auditório da Fortaleza de São José de Macapá, e faz parte das programações do Mês da Consciência Negra, organizado pela Seafro
A prática da capoeira no Estado do Amapá iniciou nos anos 70 através de um grupo chamado Bezerra. A presidente da União dos Capoeiristas do Estado, Maria Pantoja, informou que atualmente existem 38 grupos que compõe o segmento e estão cadastrados. Ela defendeu a inclusão do movimento na grade disciplinar das escolas.
“O ensino tradicional da capoeira, aliado aos conhecimentos acadêmicos, podem sim contribuir para manutenção de nossos valores culturais. O governo tem que investir na formação de professores especializados e vamos lutar para que isso seja uma realidade no Amapá”, argumentou.
O representante do Conselho de Educação da Secretária de Estado da Educação (Seed), Jean Paulo, informou que a secretaria ao longo dos anos tem desenvolvido projetos pedagógicos relacionados ao segmento da capoeira utilizando essas atividades como instrumento de educação dentro das instituições de ensino.
“A capoeira é uma arte e na sua história estão as lutas pela emancipação do povo negro, o que segundo o governo federal a legitima como uma manifestação cultural do povo brasileiro. Enquanto prática educativa, é imprescindível sua relevância e a intenção é fortalecer o movimento com apoio das organizações que fazem a capoeira no Estado”, concluiu.
O presidente do Instituto Mocambo, Paulo Axé, relatou que o encontro é importante, pois reúne os representantes do movimento e o poder público em prol da valorização e incentivo da capoeira dentro das salas de aula.
“A capoeira, no campo da educação é rica em símbolos e exemplos positivos. Muitos professores de capoeira atuam nesse espaço seja de forma remunerada ou voluntária, mas, a intenção é sempre disseminar o conhecimento e a importância que teve nos movimentos de raízes africanas e na história do Brasil”, finalizou.
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