Governo do Amapá traça estratégia para enfrentar possíveis inundações no Estado
Segundo o Iepa, somente nos primeiros quatro dias de dezembro, já choveu aproximadamente 69 mm, do total de 250 mm esperados para o mês.
Medidas são tomadas em conjunto com as prefeituras, de quem é a responsabilidade inicial, de assistir os que forem afetados
A estação chuvosa chegou mais cedo e, de forma mais intensa, ao Amapá. Somente nos primeiros quatro dias de dezembro, já choveu no estado 69 milímetros, dos 250mm esperados para o mês – o volume habitual para essa época do ano é de 130 milímetros, segundo o Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa).
Diante desse cenário, representantes de diferentes órgãos do governo estadual se reuniram nesta terça-feira, 4, para traçar estratégias integradas em caso de inundações e pontos de alagamento. Ocorrido no Palácio do Setentrião, o encontro foi conduzido pelo chefe de Gabinete Civil, Marcelo Roza, e reuniu representantes da Defesa Civil, do Iepa e das secretarias de Inclusão e Mobilização Social (Sims) e de Transportes (Setrap).
Presente na reunião, o meteorologista do Iepa, Jefferson Vilhena, explicou que os boletins meteorológicos do instituto já haviam observado previsões de chuva para novembro nas cabeceiras dos rios Jari, Araguari, Amapari, Falsino, Calçoene e Cassiporé.
“Posteriormente, essas previsões foram confirmadas pelas estações hidrológicas, através do aumento dos níveis desses rios, o que é difícil ocorrer no mês novembro, por ser um período normalmente de estiagem”, explicou Vilhena. Como as chuvas devem continuar, é possível que aconteçam inundações já no fim de dezembro ou início de janeiro, segundo previu o meteorologista.
Dessa forma, durante o encontro, foi definido que o Iepa, diariamente, passará informações atualizadas à Defesa Civil que, por sua vez, em caso de alagamentos ou inundações, atuará com medidas necessárias para garantir a segurança da população.
O coordenador da Defesa Civil no Amapá, coronel Wagner Coelho, explicou que o órgão preparou um plano de contingência para Macapá e Santana - somente na capital, foram detectadas mais de 30 áreas de risco, dentre as quais, várias podem sofrer alagamentos, causando transtornos como obstrução de bueiros e canais. O órgão também avalia a possibilidade de inundações em rios do interior, neste caso a atuação do governo também será na busca de manter a integridade das pessoas.
Durante a reunião, os representantes da Sims e da Setrap foram comunicados sobre a possibilidade de inundações e pontos de alagamentos. Com isso, as secretarias poderão se preparar para atender a população.
A Setrap deverá providenciar caminhões ou máquinas pesadas para ajudar em algum tipo de desobstrução e até na remoção de famílias com seus pertences. Já a Sims tem a responsabilidade de levantar as necessidades das famílias afetadas para, se for o caso, cadastrá-las em benefícios sociais ou de ajuda humanitária.
Ao fim do encontro, foi produzido um ofício circular informativo sobre a previsão de aumento do volume de chuvas, para alertar os demais órgãos, para que sejam acionados a qualquer momento.
O coordenador da Defesa Civil salientou que as medidas são tomadas em conjunto com as prefeituras. Pois, são elas, inicialmente, que têm a responsabilidade de assistir aos afetados. “Somente se fugir da capacidade dos municípios, o estado entra com maior apoio operacional”, frisou o coronel Wagner Coelho.
A secretária da Sims, Nazaré Farias, acrescentou que, em 2018, o Executivo pagou quatro parcelas do cofinaciamento do Fundo Estadual de Assistência Social, ao Fundo Municipal de Assistência Social. O valor foi destinado aos 16 municípios e pode ser utilizado, inclusive, em situações de emergência.
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