Microempreendedores contabilizam lucros em eventos do mês da Consciência Negra

No terceiro dia do Encontro dos Tambores microempreendedores contabilizam lucros com a venda de artesanatos típicos das comunidades quilombolas e comercialização de iguarias e bebidas. Os vendedores foram cadastrados pela Secretaria de Estado do Trabalho (Sete) para trabalharem durante o evento. A programação continua com muito batuque e dança no Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA) até o dia 23 deste mês. 

As atividades fazem parte do mês da Consciência Negra realizado pelo Governo do Estado do Amapá (GEA) através da Secretaria Extraordinária de Políticas para os Afrodescendentes (Seafro).

A microempreendedora Maria Luzia dos Santos, de 63 anos, comercializa bijuterias feitas com tucumã, jupati e popunheira, além de outras sementes encontradas na floresta. Maria, que é de Belém, Estado do Pará, apostou nas promoções e conseguiu faturar bem mais do que esperava.

"Em momento de crise a alternativa é baixar os preços. Um cordão de sementes que geralmente custa R$ 30, baixamos para R$ 25, parece pouco, mas chama atenção dos clientes. Espero poder acabar com o meu estoque até o final desse evento que valoriza a tradição dos amapaenses. O movimento está intenso por aqui", complementou.

A professora Françuasa dos Anjos, que mora no bairro Perpétuo Socorro, desde pequena frequenta as festas no Centro de Cultura Negra. Esse ano resolveu parar na feirinha para comprar um brinco artesanal. "Eu nem acredito que comprei um brinco de sementes por R$ 3, tão barato que eu comprei três. Um pra mim e dois para presentear as amigas", afirmou. 

A programação segue hoje com apresentação e manifestações de grupos quilombolas de matriz africana no Centro de Cultura Negra do Amapá, no bairro do Laguinho.