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Sesa solicita aumento nas doses de antiofídicos ao Ministério da Saúde

A Sesa protocolou pedido no MS solicitando o aumento da quantidade e o envio das doses solicitadas que ainda não foram atendidas

Por Redação
27/04/2016 17h15
 

O Ministério da Saúde (MS) tem reduzido, consideravelmente, o envio de soros heterólogos para o Amapá desde 2014. As substâncias são utilizadas no tratamento de picadas de animais peçonhentos como cobra, escorpião, aranhas, abelhas e lagartos. Para tentar resolver o problema, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) protocolou, nesta terça-feira, 26, pedido no MS solicitando o aumento da quantidade e o envio das doses solicitadas que ainda não foram atendidas.

Fazendo uma comparação entre a quantidade solicitada desde janeiro até abril desse ano, foram pedidas 5310 doses, mas o MS mandou, apenas, 1130 doses. Já entre as doses que continuam sendo aguardadas pela Sesa estão as brotópicas, loxoscélicas, crotaticas e as elapídicas.

O Amapá, por se tratar de um Estado de clima tropical e cercado por floresta, torna-se um lugar muito suscetível a acidentes com animais peçonhentos como cobras, aranhas, escorpiões e abelhas. Para combater o veneno, faz-se necessário o início da soroterapia. O tratamento tem o objetivo de neutralizar a maior quantidade possível do veneno e deve ser iniciado o mais cedo possível.

 

Solicitações

Os tipos de soros solicitados são os botrópicos, usados para tratar picadas de jararaca, jararacuçu, urutu e caiçaca; o crotálico para picada de cascavel e boicininga; laquéticos usados para surucucu e jararaca; elapídico para cobra coral; o escorpiônico que como o nome já sugere para picadas de escorpiões; o loxoscélico e foneutrismo para picadas de aranhas e o antilonômicopara taturanas e oruga. Nos casos em que o soro é administrado tardiamente na vítima, podem ocorrer graves lesões como amputações, ulcerações crônicas, falência renal crônica, e até a morte.

A secretária de Estado da Saúde, Renilda Costa, foi pessoalmente ao MS e protocolou o pedido. No documento, faz observações quanto às características do Estado, o que proporciona a frequência nas ocorrências e ressalta a dificuldade em iniciar o tratamento pela falta do soro. "Ressalto que o Amapá é um Estado da Região Amazônica com incidência de animais venenosos como cobras, o que nos deixa em uma situação de fragilidade diante da realidade e em alguns casos não conseguimos atender aos pacientes", argumenta.

 

Notificações 

O Ministério toma como base as notificações que são fornecidas pelos municípios, mas no Amapá, esses dados eram enviados de forma deficiente. A secretária, em sua solicitação, afirmou que a Coordenaria de Vigilância em Saúde (CVS) já notificou o governo federal e os municípios quanto ao envio correto dos dados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o que poderá contribuir para que o aumento do número de doses recebidas.

Os pedidos de imunobiológicos são realizados mensalmente. Em 2013, o Estado recebia a cota integral que era de 400 doses do soro antibotrópico, utilizado para picadas de jararaca ou combóia, como é conhecida no Estado, e que têm a maior incidência de acidentes. Porém, no período chuvoso, o número de picadas muitas vezes ultrapassava 500 casos. Atualmente, o Estado não tem uma cota fixa e o envio é de acordo com o estoque do MS.

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