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Governo do Estado libera Cartão Pesquisador para projeto de combate à malária na fronteira

O projeto foi aprovado por meio de edital franco-brasileiro e está sendo financiado pelo GEA, através da Fapeap e pelo IRD

Por Redação
16/11/2015 11h51
Aconteceu nesta segunda-feira, 16, a abertura para apresentação do projeto Guiana Francesa/Amapá/Amazonas – Malária: Sítio Sentinela de Observatório do Clima e Saúde na Fronteira (GAPAM – Sentinela), com a participação de autoridades de saúde do Amapá, Amazonas, Pará, Brasília, Rio de Janeiro, França e Guiana Francesa.

O projeto foi aprovado por meio de edital franco-brasileiro e está sendo financiado pelo Governo do Estado do Amapá (GEA), através da Fundação de Amparo e Apoio à Pesquisa (Fapeap), e pelo Instituto Francês de Desenvolvimento de Pesquisa Científica (IRD). Durante o pronunciamento, Mary de Fátima Guedes, diretora-presidente da Fapeap, fez o anúncio e a entrega do Cartão Pesquisador - que irá custear os serviços - à mentora do projeto e coordenadora de pesquisas do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Margarete Gomes, garantindo o apoio financeiro ao projeto pelo lado brasileiro.

O trabalho é um projeto piloto que está sendo desenvolvido na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa e pretende ser aplicado nas outras fronteiras do Brasil, compondo assim o Observatório Nacional de Saúde, gerando informações acessíveis para os responsáveis pela área da saúde, para a academia científica – professores e alunos – e para a população.

“O projeto pretende criar, através de observação do clima e da saúde, dados e informações que digam em que estado se encontra a situação de saúde naquela região de fronteira, para, assim, criarmos um portal na web, onde possamos disponibilizar os conhecimentos por meio de indicadores epidemiológicos de saúde, principalmente aos gestores que terão subsídios eficientes para tomada de decisões de prevenção, controle e tratamento da malária de uma forma mais planejada”, assegurou Margarete.

Christovam Barcellos, pesquisador e chefe do Laboratório de Informação e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (LIS/ Fiocruz), advertiu sobre a importância das fronteiras como lugares de estratégias de ações de saúde. “As fronteiras já foram consideradas o fim do mundo, o Brasil acaba lá. Porém, agora, estamos reconhecendo que, na verdade, o país começa nesses lugares. A fronteira é um espaço de passagem muito importante, com muita gente circulando, estando sempre em transformação, daí a importância da atuação dos órgãos de saúde”.

Ele explica ainda que o Sítio Sentinela foi criado no sentido de “tomar conta”, podendo haver controle sobre o que está acontecendo dos dois lados da fronteira. “Para a Fiocruz, estar no Amapá, principalmente discutindo a região de fronteira, é uma oportunidade de observar o que está acontecendo com relação, não só à malária, mas também à dengue, chikungunya, Zika, em um logradouro muito sensível. Quase todas essas doenças, infelizmente, passam por aqui”, disse.

As discussões sobre o projeto seguem até a quarta-feira, 18, no auditório da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS), localizada na Avenida Almirante Barroso, 619, centro.

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