Patrimônio Mundial: Comitê conclui etapas e Fortaleza entrará na fase de estruturação

Membros do Comitê Gestor da Candidatura da Fortaleza, como Carlos Marques, apresentaram as ações para a homologação da candidatura durante seminário na EAP

O comitê técnico local formado para organizar a candidatura da Fortaleza de São José de Macapá ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade já concluiu toda a etapa de vistoria, documentação e elaboração do plano de gestão necessários para formalização da candidatura da fortificação. As ações para consolidar a candidatura foram apresentadas nesta terça-feira, 2, durante o Seminário “Fortaleza de São José de Macapá: desafios para se tornar Patrimônio da Humanidade”. O evento ocorreu no auditório da Escola de Administração Pública do Amapá (EAP), na capital.

“Já avançamos muito nesse sentido [vistoria, documentação e plano de gestão] e, agora vamos partir para a fase de estruturação do entorno da fortaleza, que é um dos critérios para a conquista do título”, frisou o chefe adjunto do Gabinete do Governador e membro do Comitê Gestor da Candidatura da Fortaleza, Carlos Marques. Essa estruturação consiste na manutenção do Parque do Forte, que envolve todo o complexo que compõe a fortificação.

Para discutir as metas para a candidatura do monumento, o seminário foi dividido em quatro painéis: Educação e Comunicação; Turismo e Uso Social do Bem; Intervenções e Áreas de Entorno e, Gestão Compartilhada e Captação de Recursos.

O Comitê Gestor da Candidatura da Fortaleza, formado em fevereiro deste ano, é composto por representantes do Governo do Amapá, Prefeitura de Macapá,  Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e da Federação de Turismo do Amapá (Fetur), representando a sociedade civil.

Critérios

Um dos principais pontos que serão avaliados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para a titulação do patrimônio é o “Valor Universal Excepcional”. Ou seja, por que a fortificação é importante para o mundo? Esse valor deve ser estabelecido no dossiê de candidatura.

O arquiteto e urbanista do Iphan e membro do Comitê Gestor, Rodrigo da Nóbrega Machado, explicou que o valor universal excepcional da Fortaleza de São José de Macapá é a sua relevância histórica como fortificação da ocupação portuguesa na Amazônia. “O dossiê deve deixar claro essa importância história para as futuras gerações”, acrescentou.

A Unesco também avalia outros critérios como proteção, conservação e gestão. No quesito proteção, a Fortaleza já possui amparo pelas legislações federal e estadual, que precisam apenas serem revisadas. No quesito conservação, o Estado já está realizando ações de conservação e monitoramento. E no quesito gestão, estão sendo montados os planos de turismo, comercial, museológico, museográfico e de desenvolvimento urbano.

Patrimônio

Considerada a maior fortificação erguida pelos portugueses na América Latina, a Fortaleza de São José de Macapá já é reconhecida como Patrimônio Material Nacional e compõe um conjunto de 19 fortificações de 10 estados brasileiros que concorrerão juntas ao título concedido pela Unesco.

Além do reconhecimento internacional, o título confere ao monumento a possibilidade de cooperação internacional para proteção do bem e mobilização de financiamento e apoio por parte de doadores e do Fundo do Patrimônio Mundial.

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