Casos de baixa complexidade representam 66,1% do atendimento no PAI, no período sazonal
Aumento na procura por atendimento no PAI costuma aumentar no primeiro semestre, porém, a maioria dos casos deveria ser destinada à atenção básica.
Atendimento no PAI só deve ser buscado nos casos que coloquem a vida da criança em risco
Nos dois primeiros meses deste ano, o Pronto Atendimento Infantil (PAI) tem voltado a registrar aumento no atendimento em virtude do início do período sazonal, que acomete crianças a problemas respiratórios. No entanto, uma sobrecarga ocasionada pela procura de assistência de baixa complexidade nos primeiros meses do ano, tem congestionado os serviços prestados pela unidade.
De acordo com os registros do PAI, nos dois primeiros meses deste ano, 5.525 crianças receberam assistência. Destas, 3.572 foram avaliadas com classificação de risco entre azul ou verde, que é o tipo de atendimento destinado às Unidades Básicas de Saúde (UBS), por se tratar de baixa complexidade. A demanda representa 66,1% do total de atendimento que tem sido prestado.
Segundo a diretora do PAI, Zoraima Maramalde, apesar do fluxo desordenado, a equipe de profissionais foi reforçada. “No momento, nós estamos com seis médicos na porta de entrada, se dividindo entre atendimento, reavaliação e internação. Mas, por mais que busquemos meios para reforçar a assistência, vamos ter dificuldades, pois a maior parte do atendimento feito no PAI poderia ser feita na rede municipal”, ressaltou Maramalde.
Ainda segundo a diretora, além de causar congestionamento na prestação dos serviços, as crianças ficam expostas a riscos maiores, por se tratar de uma unidade porta de entrada que atua com média e alta complexidade.
“O correto é a UBS encaminhar o paciente para receber assistência aqui, ao invés de ele vir direto. Quando o familiar ou responsável da criança traz ela para cá, a expõe a outras infecções graves, podendo agravar o quadro que poderia ser resolvido na atenção básica. E esse problema acaba resultando em um alto número de internação”, explicou a diretora.
O período sazonal costuma ocorrer nos meses de janeiro a junho e as doenças mais comuns são as respiratórias, viroses, gripe e diarreia. As orientações são, que em casos de diarreia intensa, crises convulsivas, febre acima de 40 graus, dor no peito, falta de ar ou outros sintomas graves que coloquem a vida da criança em risco, os responsáveis devam procurar imediatamente o atendimento de emergência do PAI.
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