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Pecuaristas comemoram sucesso do leilão e das vendas na 51ª Expofeira

O saldo consolidado do volume de negócios movimentado pela pecuária só deverá ser fechado após o evento. Contudo, a expectativa é que este valor se aproxime de R$ 1 milhão

Por Redação
08/11/2015 16h13

Pecuaristas que fecharam negócios na 51ª Expofeira do Amapá comemoraram o sucesso das vendas e do leilão, cujos dados parciais contabilizam uma movimentação financeira em torno de R$ 889 mil – cálculo feito em cima das 200 Guias de Trânsito Animal (GTA) que deram entrada nas baias e currais do Parque de Exposições da Fazendinha.

O saldo consolidado do volume de negócios movimentado pela pecuária só deverá ser fechado após o evento. Contudo, a expectativa é que este valor se aproxime de R$ 1 milhão.

Enquanto os números são tabulados, os pecuaristas comemoram os pré-resultados. As vendas de búfalo e gado destinadas à procriação para a aumentar o rebanho renderam R$ 763 mil. Destaque para os pecuaristas da Ilha Caviana (PA), que faturaram mais de R$ 460 mil.

O fazendeiro Jurandir Lobato é um deles. O mercado do Amapá já é velho cliente deste criador, que importa os animais para abate durante o ano inteiro. Ele já participou outros anos da Expofeira, mas foi nesta edição que teve seu melhor desempenho. Em apenas três dias, Lobato vendeu 105 bubalinos, que lhe renderam aproximadamente R$ 230 mil, diferente de outras edições da feira, quando teve que levar animais não comercializados à fazenda da Caviana.

“Fiquei impressionado, pois estamos numa época de crise, mas parece que o setor produtivo continua crescendo. Foi demais a Expofeira este ano”, entusiasmou-se. Este ano as vendas de Lobato tiveram um empurrão a mais. Elas foram impulsionadas pela aproximação da Agência de Fomento do Amapá (Afap) com pecuaristas locais. A entidade liberou linhas de crédito para clientes comprarem do pecuarista vizinho.

E ele não comemora somente os negócios fechados na Expofeira. As porteiras da Fazenda de Lobato podem continuar se abrindo. “A Afap identificou outros criadores daqui que querem comprar da espécie que nós trouxemos para a Expofeira. Como eu já vendi todas, a Afap nos credenciou e futuramente mais animais podem ser financiados para os pecuaristas aqui do Amapá”, explicou o pecuarista.

Outro fazendeiro da Ilha Caviana que esvaziou o curral com as vendas foi Itamar Rocha. Ele também vendeu 105 búfalos, cada um com média entre R$ R$ 2 mil e R$ 3 mil. O pecuarista atribuiu o sucesso à genética dos animais. “São garrotes touros de sangue puro. Além da beleza e imponência dos animais, a característica predominante é o temperamento dos bichos. Eles são mansos, o que facilita o contato com o criador”, explicou.

Itamar vendeu todos os garrotes logo no terceiro dia de Expofeira, mas permaneceu no evento para fechar novos negócios. “Já estou em contato com os outros pecuaristas e até o fim terei parcerias seladas e mais animais vendidos, que enviarei assim que retornar para Caviana”, prevê.

O leilão também foi considerado um sucesso. Segundo o leiloeiro Guilherme Minssen, os animais foram arrematados a valores com média de preço de mercado. Algumas espécies dos 31 lotes foram vendidas com valor acima da média nacional. Destaque especial para os búfalos. Os bubalinos tiveram o melhor desempenho do leilão. “Vieram para a Expofeira animais de qualidade extraordinária, de importantes criatórios nacionais, como Santa Bárbara, Rancho Tucuruvi, e criatórios locais, como a Instância Ferreira. O leilão teve médias boas, vendeu bem, com uma pista limpa e uma fluidez muito boa”, resumiu Minssen.

O fazendeiro Damião Júnior, da região do Araguari, no centroeste amapaense, foi o recordista do leilão. O martelo bateu três vezes ao valor de R$ 10 mil para cada búfalo melhorado geneticamente que ele trouxe da Fazenda no Coração, zona metropolitana de Macapá. Há uma década neste ramo, ele investe em tecnologia animal através de consultoria especializada. “Trabalhamos com genética há mais de dez anos e hoje estamos colhendo os resultados. A Expofeira é ótima para este tipo de negócio. Eu por exemplo, vendi, mas comprei também. Adquiri uma fêmea para melhorar mais ainda o meu rebanho”.

Para Minssen, que é diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, a Expofeira evidenciou um dos aspectos mais importantes do setor produtivo, a diversificação do agronegócio e da produção de alimentos. Segundo ele, que é zootecnista, para essa diversidade se consolidar, é preciso o tripé: sanidade, nutrição e genética. Na questão da sanitária, ele vê como meta fundamental o controle da febre aftosa e pragas da fruticultura. Já a genética é fundamental para produzir mais em menor tempo, e com mais qualidade.

O vice-governador de Roraima, Paulo Cesar Quartiero, também ligado ao agronegócio, foi à Expofeira acompanhar o leilão. Ele também vê o Amapá com grande vocação para o agronegócio. “O Estado tem potencial para ter a melhor logística de todo o Brasil para exportação de grãos, em função da posição geográfica do Porto de Santana, que é uma porta para o canal do Panamá e Ásia e para os consumidores da Europa”, comentou.

51ª Expofeira

A 51ª Expofeira do Amapá é uma realização do Governo do Estado e Sebrae. O evento ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha, no período de 30 de outubro a 8 de novembro. Da área total de 120 mil metros quadrados, serão ocupados 116 mil. A concepção da 51ª Expofeira é transformá-la em feira de negócios, dando ênfase ao desenvolvimento econômico do estado. Dois eixos estarão em evidência - Produção de Alimentos e Produção Florestal.

Em 2015 o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, CAIXA, Banco da Amazônia e Sicoob CredEmpresas-AP e apoio da Associação Comercial do Amapá (ACIA), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Consórcio Equador.

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