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Festa de São Tiago: Conheça a batalha entre mouros e cristãos em fotos

Encenação é um dos pontos altos da festividade, que completa 242 anos em 2019, e acontece de 16 a 28 de julho, em Mazagão Velho, no município de Mazagão.

Por Alice Valena
25/07/2019 21h00

Tradição trazida da África no século 18, a Festa de São Tiago completa 242 anos em 2019, e acontece de 16 a 28 de julho. É realizada desde o ano de 1777 em Mazagão Velho, no município de Mazagão. Mistura rituais religiosos, cavalhada e teatro a céu aberto para contar a aparição de Tiago como um soldado anônimo que lutou bravamente ao lado do povo cristão contra os mouros e garantiu sua vitória.

A encenação começa na tarde do dia 24 com a entrega dos presentes, quando mouros pedem uma trégua da batalha que travavam contra os cristãos, em que a estratégia era, já em paz, oferecer presentes aos inimigos.

Os presentes oferecidos, na verdade, eram comidas e estavam envenenadas. Os cristãos, desconfiados, deram partes desses alimentos aos animais, que morreram. Na encenação, os presentes são entregues em casas que simbolizam as autoridades cristãs.

Imaginando que seus inimigos estavam mortos e que teriam vencido a guerra, os mouros organizaram um grande baile de máscaras e convidaram os cristãos, para que eles pudessem mudar de lado sem serem reconhecidos.

Os cristãos comparecem ao Baile de Máscaras e levaram a outra parte das comidas envenenadas. Muitos mouros morreram com o próprio veneno, entre eles, o Rei Caldeira, chefe supremo.

No dia seguinte, logo cedo, os cristãos se confessaram. São Tiago fez um juramento em frente a igreja, e, logo após, eles saíram para batalha. O objetivo era pegar os mouros ainda abalados pelo ocorrido na noite anterior.

Perto do meio-dia, os mouros enviaram um vigia, o Bobo Velho, para espionar os cristãos. Esse espião foi apedrejado até a morte. Na encenação, essa parte da história tem a participação da população, que atira bagaços de laranja no personagem.

Os cristãos também enviaram um espião para o acampamento mouro, o Atalaia.

O Atalaia conseguiu roubar a bandeira dos mouros, mas, foi ferido na fuga. Ele morreu próximo ao acampamento cristão, mas, antes conseguiu alertar seus companheiros.

O cristão Atalaia foi decapitado.

O herdeiro do trono mouro, o Rei Caldeirinha, mandou que seus homens sequestrassem as crianças cristãs e que fossem vendidas. O dinheiro foi usado para comprar armas e munição.

Quando perceberam que suas crianças haviam sido roubadas, os cristãos iniciaram uma batalha violenta.

O Rei Caldeirinha, querendo a bandeira de volta, propôs uma troca: o corpo do Atalaia pelo símbolo mouro. Os cristãos aceitaram, recebendo o corpo do companheiro, mas, não devolveram a bandeira.

A batalha recomeçou. Segundo contam, Deus os ajudou, prolongando o dia, assim os cristãos conseguiram vencer as batalhas até aprisionar o Rei Caldeirinha.

Para comemorar, os cristãos organizaram o baile do vominê, que faz parte da tradição da festa, trazendo um sentido lúdico, de brincadeira.

Por fim, as figuras de São Tiago e São Jorge aparecem selando a vitória dos cristãos.

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