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Produtores aprendem a fazer biofertilizantes à base de tucupi e sabão na 51ª Expofeira

A metodologia é difundida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá

Por Redação
06/11/2015 16h54
Produtores da agricultura familiar, técnicos e acadêmicos de cursos voltados ao setor primário conheceram um método alternativo para cultivar hortaliças livre de pestes e doenças e longe de agrotóxicos. São biofertilizantes e defensivos, compostos, na sua grande maioria, à base de produtos encontrados na cozinha de qualquer casa ou comprados em supermercados e feiras.

A metodologia é difundida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), que levou para dentro da 51ª Expofeira um treinamento com teoria, no Pavilhão de Negócios, e prática, na Mini Fazenda.

De acordo com o biólogo e extensionista do Rurap, Marcelo Miranda, os biofertilizantes são produzidos por trabalhadores rurais e pesquisadores de todo o país. Existem publicações nacionais sobre os estudos. Juntamente com a agrônoma Janaina Souza, também do Rurap, ele ministrou o curso na Expofeira. A iniciativa faz parte do Projeto Horticultura, que é desenvolvido em Macapá e Santana, com objetivo de incentivar a substituição dos agrotóxicos pelos alternativos.

A grande atração é um fertilizante composto da mistura dosada entre o tucupi, água e esterco de gado. Segundo o biólogo, o tucupi possui minerais necessários ao desenvolvimento de hortaliças. Outro produto natural que chamou a atenção é um defensivo feito de alho, água, álcool e sabão neutro, usado para repelir insetos e controlar fungos que atacam folhas de abóbora, maxixe, pepino, couve e pimenta. O curso também ensinou que plantas aromáticas, como arruda e manjericão, podem ser utilizadas para afastar insetos. Até leite de gado, na diluição correta, pode tratar doenças do pepino.

Segundo Miranda, atualmente, o receituário sobre defensivos é bastante extenso. “Nós queremos modificar o modelo da agricultura, mas não é de uma hora pra outra. Existe todo um processo educativo para disseminar esta metodologia. Atendemos hoje 550 produtores da agricultura familiar”, completou.

Conforme o biólogo, os inseticidas químicos, além de caros, podem ser prejudiciais à saúde. Segundo ele, ainda que esses produtos químicos sejam usados sob as normas e prazos recomendados, resíduos destas substâncias ainda ficam na plantação. “Já encontramos horticultores utilizado usando inseticidas não recomendado para hortaliças. Nós, então, conseguimos convencer esses agricultores a substituir o produto por um repelente natural, à base de plantas”, conta Marcelo Miranda.

 

51ª Expofeira

A 51ª Expofeira do Amapá é uma realização do Governo do Estado e Sebrae. O evento ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha, no período de 30 de outubro a 8 de novembro. Da área total de 120 mil metros quadrados, serão ocupados 116 mil. A concepção da 51ª Expofeira é transformá-la em feira de negócios, dando ênfase ao desenvolvimento econômico do estado. Dois eixos estarão em evidência - Produção de Alimentos e Produção Florestal.

Em 2015 o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, CAIXA, Banco da Amazônia e Sicoob CredEmpresas-AP e apoio da Associação Comercial do Amapá (ACIA), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Consórcio Equador.

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