Gestores quilombolas discutem políticas públicas educacionais para escolas
No Amapá, há 24 escolas quilombolas situadas em Macapá, Santana, Tartarugalzinho e Oiapoque. Evento visa capacitar profissionais dessas escolas e melhorias.
Encontro reuniu gestores escolares quilombolas, professores, coordenadores pedagógicos, estudantes e sociedade civil
Começou nesta quarta-feira, 28, e segue até sexta-feira, 30, o IV Encontro de Gestores Quilombolas. O evento é realizado pelo Governo do Amapá, e acontece de 8h às 12h, no auditório da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), em Macapá. Este ano, a temática abordada é “Políticas públicas afirmativas educacionais no processo de formação para a melhoria do fazer pedagógico na educação escolar quilombola”.
Organizado pelo Núcleo de Educação Étnico-Racial da Secretaria de Estado da Educação (Neer/Seed), com o apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc/AP), o evento visa capacitar todos os profissionais de educação das 24 escolas quilombolas situadas em áreas rurais nos municípios de Macapá, Santana, Tartarugalzinho e Oiapoque. De acordo com Ibraim Santana, gerente do Neer, a proposta é fortalecer essas escolas, trocar saberes e fomentar políticas públicas educacionais direcionadas à população negra amapaense.
“Este ano, nosso evento foi aberto também para professores, coordenadores pedagógicos, estudantes e sociedade, além dos gestores escolares quilombolas, pois, entendemos que a educação se faz com a participação de todos esses agentes. A ideia é termos um fórum de discussão, reflexão e proposições para as nossas escolas quilombolas, e capacitar nossos educadores”, pontuou Ebraim.
A secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, falou, na abertura do evento, sobre a recente assinatura do Decreto nº 3652/2019, que trata sobre a inserção do termo quilombola às denominações das escolas integrantes do Sistema de Ensino do Estado do Amapá. Desta forma, como exemplo, a unidade que se chamava Escola Estadual José Bonifácio, no Curiaú, agora é Escola Quilombola Estadual José Bonifácio.
“O governador Waldez Góes assinou recentemente este decreto, que era uma antiga reivindicação das comunidades quilombolas. Isso significa identidade e pertencimento. Que a gente possa seguir avançando, garantindo as especificidades de cada região, e propondo melhorias para uma educação pública de qualidade”, considerou a gestora.
Há palestras, oficinas e minicursos para os docentes, técnicos, e comunidade acadêmica do Amapá. Confira a programação dos próximos dias:
Quinta-feira (29/08)
8h às 8h20 - Dinâmica de socialização e apresentação cultural
8h20 às 9h30 - Estatuto da rede de escolas quilombolas do Amapá
9h30 às 10h40 - Palestra: “O território quilombola no ordenamento jurídico brasileiro”
10h40 - Intervalo
10h50 às 12h - Palestra: “A educação quilombola e sua interface com a educação do campo: desafios na construção do projeto político pedagógico nas escolas quilombolas”
Sexta-feira (30/08)
8h - Apresentação cultural
8h30 às 9h45- Palestra: terras quilombolas e sua regulamentação
09h45 - Intervalo
09h55 às 11h20
Oficinas:
1) Turbante;
2) Caixinha de marabaixo de bambu;
3) Bonecas abayomi;
4) Poesia afroamapaense;
5) Flores de marabaixo;
6) Malungos na escola: questões sobre culturas afrodescendentes e educação.
11h30 - Socialização das oficinas
12h - Encerramento
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