Comitê avalia obras na Fortaleza de São José de Macapá para concorrer a patrimônio mundial

Representantes dos órgãos envolvidos na campanha para tornar a Fortaleza patrimônio da humanidade durante inspeção ao monumento histórico

Na manhã desta quarta-feira, 4, representantes do Governo do Amapá, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Comitê Nacional de Gestão da Candidatura do Conjunto de Fortificações Brasileiras fizeram uma visita monitorada à Fortaleza de São José de Macapá. O objetivo era verificar in loco o andamento dos serviços realizados pelo Estado e se estão de acordo com os requisitos exigidos para que o monumento concorra ao título de patrimônio mundial pela Organização das Nações unidas (ONU).

O chefe adjunto do Gabinete do Governador e membro do Comitê Estadual de Gestão da Candidatura da Fortaleza, Carlos Marques, explicou que existe um plano de trabalho com a participação de outras instituições públicas e que os serviços estão dentro do cronograma. “O trabalho é em conjunto, mas cada órgão tem o seu papel e o governo do Estado está fazendo o que lhe cabe. Fizemos a revitalização da parte externa e interna, algumas obras já foram concluídas e outras estão em andamento”, destacou Marques.

Desde 2017, quando foi assinada a Carta de Recife com 10 metas para a candidatura de 19 fortificações brasileiras para concorrerem ao título de Patrimônio Mundial, o Governo do Amapá desenvolve uma série de intervenções na Fortaleza de São José de Macapá. Atualmente as obras se concentram no setor leste, para a restauração das casamatas e dos demais prédios que integram o forte. Os trabalhos são minuciosos e requerem aplicações de materiais específicos para que não ocorra a perda da identidade original. Esses serviços devem ser concluídos até o fim deste ano.

O projeto para que a Fortaleza de São José de Macapá esteja apta para concorrer ao título de patrimônio mundial também inclui o entorno, como o Mercado Central e o Trapiche Eliezer Levy; além de outros locais públicos. As obras para todo o complexo são divididas entre Estado, Município e União.

O arqueólogo e membro do Comitê Nacional de Gestão da Candidatura do Conjunto de Fortificações Brasileiras, Marcos Albuquerque, mostrou-se satisfeito com o que viu. “Analisamos que estão sendo atendidos os procedimentos recomendados. Os trabalhos devem continuar com a mesma eficácia para que, quando os membros do comitê da ONU vierem realizar as vistorias, tudo tem que estar dentro das requisições”, explicou Albuquerque.

As obras estão previstas para serem concluídas em 2020. A vistoria do Comitê da ONU deve ocorrer em 2021, antes da certificação da Fortaleza de São José de Macapá como patrimônio mundial.

Obras

A Fortaleza vem recebendo intervenções para a melhoria de alguns ambientes há dois anos. Além da restauração das casamatas localizadas na área sul da Fortaleza, onde havia infiltração, o monumento ainda recebeu serviços de restauração, adaptações elétricas com a construção de uma subestação para alimentação e iluminação de todo o complexo do Parque do Forte e da Fortaleza.

Dentro do mesmo planejamento também houve a revitalização do Parque do Forte, com serviços na área do estacionamento, passeio público com calçadas reconstruídas e playground.

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