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Produção de mudas melhoradas geneticamente atraem visitantes à Minifazenda da 51ªExpofeira

Para a produção de mudas é utilizada a técnica de cultura de tecidos vegetais, conhecida como “micropropagação in vitro”.

Por Redação
01/11/2015 15h46

O Núcleo de Biotecnologia Vegetal, incluso na minifazenda, mostra aos visitantes como as mudas melhoradas geneticamente são produzidas e os benefícios da sua utilização.  Durante a 51ª Expofeira do Amapá, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá a (Iepa) explicam como o método é desenvolvido.

Com capacidade de produção de 30 mil a 60 mil mudas por ano, o Núcleo de Biotecnologia Vegetal do Iepa está tornando-se um referencial para os produtores da agricultura familiar. Para a produção de mudas é utilizada a técnica de cultura de tecidos vegetais, conhecida como “micropropagação in vitro”. O método consiste na multiplicação de mudas e melhoramento genético delas para utilização na agricultura. 

O primeiro passo é a retirada do Rizomo da planta matriz, que precisa ser de qualidade. Depois é feita a redução do material. A próxima etapa é limpeza e armazenamento em um pote com gel nutritivo para criar raízes, no caso da banana, por oito meses. Após isso, a muda fica armazenada em um ambiente com luz e umidade controladas, até ficar pronta para ser utilizada.

Usando a banana como exemplo, com essa técnica são geradas 400 novas mudas por ano a partir de um rizomo.  No modo convencional, o produtor conseguiria cultivar no máximo 12 mudas.

Os resultados para o produtor com a utilização dessas mudas produzidas em laboratórios são os melhores possíveis, pois elas são resistentes a pragas e doenças, portanto não precisam de venenos. “Estamos incentivando o produtor rural a utilizar essas mudas para que aumentem a produção e qualidade do produto”, afirmou o pesquisador José Renam da Silva.

As mudas estão disponíveis o ano inteiro, reduzem o custo da produção, além de um retorno financeiro maior e alimentos mais saudáveis.  No caso da bananeira de uma muda melhorada, o tempo de colheita é de 8 a 9 meses; já a convencional, o tempo aumenta para 12 meses. Uma redução de quatro meses no tempo de colheita.

O espaço atraiu a curiosidade dos visitantes da minifazenda, como a estudante Suane de Lima que ficou atenta a explicação dos pesquisadores. “Eu não imaginava como a banana era plantada e que no Amapá, tem esses tipos de pesquisas”, disse a estudante, comentando ainda que é a primeira vez que participa do evento e adorou a parte da agricultura familiar, principalmente da biotecnologia.

Quem também visitou o espaço foi a técnica em logística Rosineide Mendes. Para ela, é uma oportunidade para conhecer as potencialidade do Estado. “Eu não conhecia esse tipo de cultivo. Gostei muito e é importante para nós conhecermos o que é produzido no Amapá”, frisou.

O laboratório é o único da região amazônica que é custeado pelo governo estadual. Em 14 anos de trabalho, o núcleo distribuiu em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) mais de 300 mil mudas para os produtores da agricultura familiar.

Atualmente são produzidas mudas de banana, mandioca, abacaxi e orquídeas, que são potencialidades da agricultura familiar no Amapá. Porém, o laboratório tem capacidade para desenvolver outras espécies. “De acordo com a necessidade dos produtores, desenvolvemos as mudas, pois trabalhamos diretamente com a demanda do Estado”, explicou o pesquisador.

 

51ª Expofeira

A 51ª Expofeira do Amapá é uma realização do Governo do Estado e Sebrae. O evento ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha, no período de 30 de outubro a 8 de novembro. Da área total de 120 mil metros quadrados, serão ocupados 116 mil. A concepção da 51ª Expofeira é transformá-la em feira de negócios, dando ênfase ao desenvolvimento econômico do estado. Dois eixos estarão em evidência - Produção de Alimentos e Produção Florestal.

Em 2015 o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, CAIXA, Banco da Amazônia e Sicoob CredEmpresas-AP e apoio da Associação Comercial do Amapá (ACIA), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Consórcio Equador.

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