Georreferenciamento e inteligência artificial são usados no combate ao sarampo no Amapá
Essas ferramentas auxiliam os profissionais na busca ativa de casos de sarampo e pessoas a serem vacinadas.
A varredura vacinal contra o sarampo ocorre de casa em casa
Na última semana a varredura vacinal contra o sarampo no Amapá ganhou mais um reforço. A Organização Panamericana de Saúde (OPAS), parceira do Governo do Estado e das prefeituras nesta ação, disponibilizou o seu sistema de georreferenciamento e inteligência artificial para localizar casos e pessoas a serem vacinadas.
Desde o dia 18 de janeiro deste ano sete municípios do Amapá executam a ação de varredura vacinal contra a doença. São eles: Macapá, Santana, Mazagão, Porto Grande, Laranjal do Jarí, Vitória do Jarí e Oiapoque.
Segundo dados da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), desde o ano passado o Amapá já contabilizou 344 casos confirmados de sarampo. Por outro lado, a varredura vacinal já alcançou 27.588 pessoas nos sete municípios onde a ação acontece.
O sistema de georreferenciamento e inteligência artificial, da OPAS, auxilia os profissionais na busca ativa de casos de sarampo. Funciona definindo áreas prioritárias dos casos ativos da doença e atualizando o censo demográfico através de análises de dados de satélite.
“O sistema auxilia apontando uma estimativa mais atualizada do censo demográfico dos municípios envolvidos. Também é possível localizar áreas de difícil acesso georreferenciando os locais que têm casos confirmados. Desta forma a busca ativa de casos se torna mais eficiente para o bloqueio vacinal”, explicou Silvia Maués, apoiadora da OPAS e técnica da SVS.
Vacinação
Sarampo é uma doença que pode ser evitada com vacina. A tríplice viral, que previne contra caxumba, sarampo e rubéola, é ofertada diariamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e faz parte do calendário vacinal de rotina das crianças. Atualmente, qualquer pessoa até 59 anos pode tomar a vacina, entretanto, dados da SVS mostram que a cobertura vacinal vem caindo nos últimos anos, e em 2020 apresentou o menor índice, registrando 50,08% de cobertura vacinal para primeira dose (D1) e 35,91% para segunda dose (D2).
“A pandemia do coronavírus influenciou na rotina dos pais, que deixaram de levar seus filhos para vacinar. Além disso, algumas salas de vacina foram fechadas. Com a pandemia, o receio de ir à UBS reduziu a cobertura vacinal e causou o aumento no número de casos da doença. Entretanto, é necessário alertar que o sarampo pode ser fatal, por isso é fundamental vacinar”, afirmou o técnico do Setor de Doenças Transmissíveis da SVS, João Farias.
Para melhorar a cobertura vacinal, o Governo do Estado em parceria com a OPAS, desenvolve ação de varredura vacinal contra o sarampo, que ocorre de casa em casa nos sete municípios prioritários, e já alcançou 27.588 pessoas. Além das doses contra o sarampo foram realizadas 16.166 vacinas para crianças até 5 anos que atualizaram a caderneta das vacinas de rotina.
Casos da doença
Ao todo já são 344 casos de sarampo, sendo 292 confirmados em 2020 e 52 casos em 2021. O público mais atingido são crianças 0 a 5 anos, com 22,5% dos casos. Nenhum óbito por sarampo foi registrado.
O município que apresenta mais casos da doença é Macapá, com 215 casos, seguido de Santana com 116 casos, Mazagão 7 casos, Ferreira Gomes e Oiapoque apresentam 2 casos cada, Porto e Pedra Branca 1 caso cada.
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