Instituto Evandro Chagas confirma mais 4 casos da nova variante no Amapá
Casos foram registrados nos municípios de Macapá e Laranjal do Jarí. Com a confirmação, estado contabiliza 5 casos da variante brasileira.
De acordo com o relatório do IEC, esta mutação, também conhecida como P1, está presente na proteína spike, que faz ligação rapidamente com a célula humana, aumentando o poder de transmissão.
O Instituto Evandro Chagas (IEC), laboratório de referência na região norte do país, confirmou mais 4 casos da chamada variante brasileira de covid-19 no Amapá.
Dois casos são de pacientes que deram entrada em unidades de saúde de Macapá e os outros dois são de pessoas do município de Laranjal do Jari.
O Laboratório Central do Amapá (Lacen), adotou a estratégia de enviar para a análise amostras de diferentes períodos, para uma maior noção dos níveis e sequência do contágio no Amapá.
A primeira amostra foi coletada no dia 31 de janeiro de 2021 e a última no dia 15 de fevereiro, sendo as demais de dias diferentes entre essas datas.
A nova cepa começou a circular no estado do Amazonas no final de 2020 e início de 2021, e já está com circulação confirmada em estados de todas as regiões do país e em pelo menos outros 19 países.
De acordo com o relatório do IEC, esta mutação, também conhecida como P1, está presente na proteína spike, que faz ligação rapidamente com a célula humana, aumentando o poder de transmissão.
Com maior taxa de trasmissibilidade e com agravamento do quadro clínico dos pacientes de uma forma muito mais rápida do que a primeira variante, a P1 tem se monstrado mais letal.
O Amapá já tinha a confirmação de um caso, também feita pelo IEC, que faz o sequenciamento genético das amostras.
"A P1 [variação do vírus] que circula na nossa região influencia diretamente no maior número de casos por se tratar de uma variante com maior afinidade pelas células do hospedeiro, fazendo com que se espalhe mais rápido. Em relação à gravidade dos quadros, não há uma correlação clínica dessa variante com o crescimento deles. Mas, em saúde pública, é importante compreender que quanto maior o número de casos no geral, maior será a presença de casos graves", afirmou o biomédico do Lacen, Francis Pereira.
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