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‘Nós existimos e queremos respeito’, diz jovem em bate-papo sobre o Dia do Orgulho LGBTQIA+

Para celebrar a data, a Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude promoveu uma troca de experiências e vivências sobre diversidade. 

Por Da Redação
29/06/2021 12h44

Para João Vitor da Silva, 20 anos, o respeito deve prevalecer na sociedade

Amapá Jovem Diversidade: orgulho de ser. Foi a partir deste tema que um bate-papo com a juventude aconteceu nesta segunda-feira, 28, promovido pela Secretária Extraordinária de Políticas para a Juventude (Sejuv).

A programação foi preparada para celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA + (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Pessoas Intersexo), comemorado nesta segunda-feira e contou com cursos de qualificação profissional, apresentações teatrais e muito diálogo sobre respeito e combate ao preconceito.

O evento ocorreu de forma híbrida – parte presencial na Escola Graziela Reis, e transmitido via Facebook e Youtube. O diretor do grupo Âmago, Pablo Sena e o atual miss Amapá Gay, Will de Ferrera, foram convidados para compartilharem suas vivências em busca de espaço na sociedade.

Também participaram jovens bolsistas e monitores, entre eles, o João Vitor da Silva, de 20 anos, bolsista do programa Amapá Jovem, que participou de cursos de audiovisual e oficinas de teatro.

“Estamos aqui para celebrar nossa existência, em um ato de resistência. O Brasil é o país que mais mata homossexual, estamos aqui dando a cara à tapa para mostrar que nós existimos e queremos respeito e um lugar na sociedade que é o nosso direito”, disse o jovem.

Durante o bate-papo, os jovens relataram as dificuldades que enfrentam e a luta contra o preconceito.

“Essa data tão importante para reforçarmos o respeito e engajar mais pessoas para abolir toda e qualquer forma de preconceito”, disse Elana Sena. 

Os bolsistas que participaram de oficinas de teatro encenaram situações onde pessoas LGBTQIA+ são vítimas do preconceito, que, segundo eles, começa em muitos casos dentro de casa, na própria família, na escola, na busca por emprego, entre outros meios.

A Sejuv também ofertou cursos de qualificação profissional para os jovens na área do audiovisual, como alternativa de renda, pois uma das dificuldades enfrentadas por essas pessoas é ingressar no mercado de trabalho.  

Para a secretária em exercício, Sâmmylla Rocha, que é mulher trans e a primeira a ser nomeada no Governo do Estado do Amapá com o nome social, é um momento de emoção e orgulho. 

“Eu não consigo conter a emoção e relembrar tudo que eu vivenciei, isso dói. Eu fui violentada, humilhada, por ser quem eu sou. Hoje eu tenho orgulho de ser uma mulher trans, que mesmo com todas as dificuldades, consegui ingressar no mercado de trabalho e ser reconhecida pela minha capacidade profissional. Esse momento é para celebrarmos nossa existência e para continuar a luta pela garantia dos nossos direitos à vida e ao respeito”, afirmou a gestora. 

Na ocasião, o secretário titular da pasta, Pedro Filé, reforçou a necessidade de ampliar o debate sobre a diversidade.

“No Amapá Jovem 18 % dos beneficiários são LGBTQIA+, desses, 85% são mulheres. Vamos ampliar esse debate e continuar promovendo políticas públicas para essas pessoas. Precisamos e devemos, respeitar e garantir direitos”, disse o gestor.

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