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Ciclo do Marabaixo 2022: Domingo de Páscoa com as caixas rufando no bairro do Laguinho

Programação marcou ainda homenagens à saudosa Tia Biló, falecida em setembro passado.

Por Gabriel Penha
18/04/2022 12h03

Neta de tia Biló, Danniela Ramos, canta na roda de marabaixo em homenagem à avó, falecida em setembro passado

A noite de domingo, 17, marcou o segundo dia de programação do Ciclo do Marabaixo 2022. As caixas rufaram no barracão do grupo Raimundo Ladislau, no bairro do Laguinho, em Macapá.

O chamado “marabaixo da ressurreição”, em alusão ao Domingo de Páscoa, reuniu também integrantes do grupo Marabaixo do Pavão. Além do rufar das caixas pelos tocadores e do rodar das saias pelas dançadeiras, foi servido o cozidão (caldo de carne e legumes) e também a gengibirra (um tipo de batida feita com gengibre e aguardente) para os participantes, convidados e para o público.

O diretor-presidente da Fundação Marabaixo (que substituiu a Seafro), Joel Nascimento Borges, esteve presente no barracão. Representando o governador Waldez Góes, Borges reiterou o apoio do Governo do Estado para o fortalecimento das manifestações culturais.

“A Fundação nasce para fazer políticas públicas de igualdade racial. E essas políticas passam também pelo fortalecimento de nossas manifestações. O marabaixo é a nossa mais autêntica identidade. Esse apoio só tem a ficar ainda maior”, discursou Joel Borges.

O momento mais emocionante da noite foi a homenagem à matriarca da família, Benedita Guilherma Ramos, a Tia Biló, falecida em setembro do ano passado, aos 96 anos. Precursora da cultura do Marabaixo e filha do Mestre Julião Ramos, participou do último Ciclo Presencial, em 2019.

“Foram dois anos difíceis, perdemos muita gente querida. Mas hoje, voltamos a sentir o calor de receber o público, para mostrar e fortalecer a cultura que nossos antepassados tanto lutaram para manter viva. Estamos aqui também por eles”, diz Laura Ramos, neta de tia Biló e uma das coordenadoras do grupo Raimundo Ladislau.

A programação do Ciclo do Marabaixo 2022 segue até 19 de junho. Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2018, recebe apoio do Governo do Estado, com investimento de R$ 110 mil, através da Secretaria de Cultura (Secult), divididos igualmente entre os grupos realizadores.

 

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