16ª Primavera dos Museus: Governo valoriza história de povos tradicionais e abre nova exposição no Sacaca
Programação acontece entre os dias 22 e 24 de setembro; apresentações culturais e exposição do esqueleto de baleia jubarte marcam o início da programação.
O Museu Sacaca iniciou nesta quinta-feira, 22, a programação local da 16ª edição da Primavera dos Museus; a programação nacional é promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), com realização em 777 museus, instituições de memória e centros culturais de todo o Brasil.
O tema deste ano é “Independência e Museus: Outros 200, outras histórias”. A diretora do Museu Sacaca, Eliane Oliveira, avalia que a instituição, abrigo de exposições da cultura e modo de vida dos povos tradicionais do Amapá, reflete plenamente a importância do tema deste ano.
“Quando falamos na formação territorial e política do nosso país ao longo da história, devemos sempre recordar que ela foi construída pelas mãos de homens e mulheres africanos e afrodescendentes, povos originários, comunidades ribeirinhas e tradicionais. Todo esse arcabouço histórico é reverenciado aqui, no Museu Sacaca”, concluiu.
A guia de turismo amapaense Gilka Soares, junto com os turistas Luiz Nakamura e Nancy Godoy, vindos de São Paulo, concordam com a avaliação da diretora.
“O [museu] Sacaca conta a história sob o olhar dos nossos povos tradicionais, da nossa cultura, ambientados pela riquíssima fauna e flora do Amapá. Reunidos e sintetizados em um só lugar, aqui é parada obrigatória para todo turista que chega ao nosso estado”, pontuou Soares.
Nova Exposição
A grande novidade deste ano é a abertura da exposição do esqueleto de uma baleia-jubarte (Negaptera Novaengliae) encontrada morta em dezembro de 2018 por moradores da Ilha Vitória, no Arquipélago do Bailique. O diretor de pesquisas do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Allan Kardec, ressaltou que até então não havia registros de baleia-jubarte na foz do rio Amazonas, seja viva ou morta.
Kardec relembrou outro encalhe na mesma região, desta vez ocorrido em 2021, de uma cachalote, que também passa pelo processo específico para entrar em exposição. O curto espaço de tempo entre as ocorrências com os cetáceos, que não são típicos daquela região, possuem alto valor para diversas linhas de pesquisa.
“Estes animais possivelmente estavam no período reprodutivo, quando procuram águas mais quentes e podem ser avistados em vários pontos da costa brasileira. Ainda assim, nunca haviam sido vistos próximos da costa amapaense, o que levanta várias hipóteses para a alteração no comportamento deles, entre elas, possíveis efeitos de mudanças climáticas”, ponderou o diretor.
Confira a Programação
22 a 24 de setembro (09h – 17h)
- Apresentação Cultural (Grupo Mutuacá)
Dias: 22 e 23
Horário: 10h
Local: Samaúma das Palavras
- Recital Poético
Dia: 22
Horário: 10h30
Apresentação: Afro Indígena (Chandra)
Local: Casa Indígena Waiana e Monumento do Marabaixo
- Exposição do Museu do Negro (Improir)
Dias: 22, 23 e 24
Hora: 09h às 16h
Local: Passarela em frente ao Monumento Marabaixo
- Exposição de Zoologia
Dias: 22, 23 e 24
Hora: 09h às 17h
Local: Sala de Ed. Ambiental
- Visitas nas Ambientações dos Povos Tradicionais da Amazônia
Horário: 09h30 às 17h
Local: Exposição a Céu Aberto do Museu Sacaca
- Contação de Histórias
Dias: 22 e 23
Horário: 15h30
Local: Samaúma das Palavras
- Exposição do “Turé” dos Povos Indígenas do Oiapoque
Dias: 22 e 23
Hora: 09h às 17h
Local: Sala do Núcleo de Museologia
- Exposição do esqueleto da baleia jubarte
Dias: 23 e 24
Hora: 09h às 17h
Local: Maloca multiuso
- Documentário da baleia jubarte
Dias: 22 e 23
Hora: 09h às 17h
Local: Sala multimídia
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